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MIS inaugura exposição sensorial sobre o Holocausto; saiba todos os detalhes

“A tragédia do Holocausto: a vida de Julio Gartner” retrata as catástrofes ocorridas na 2ª Guerra sob a perspectiva do sobrevivente polonês-brasileiro.

O Museu da Imagem e do Som (MIS) terá pela primeira vez uma exposição sobre o Holocauto e as marcas deixadas pela Segunda Guerra Mundial por meio da ótica de Julio Gartner, o polonês-brasileiro sobrevivente que completaria 100 anos em 2024. A mostra, prevista para se iniciar em março, acontecerá em dois atos.

Por meio de elementos sensoriais, “A tragédia do Holocausto: a vida de Julio Gartner” permitirá que os visitantes passeiem por cenários marcantes da Segunda Guerra Mundial, bem como a a trajetória de Julio Gartner e sua chegada ao Brasil.

O Holocausto será representado no primeiro antas, por meio do olhar de Julio Gartner enquanto presente no momento histórico. Por outro lado, o segundo andar terá uma homenagem especial aos “Anjos do Holocauso”, cidadãos que ajudaram judeus perseguidos e presos durante a guerra, incluindo a brasileira Aracy Guimarẽs Rosa.

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A exposição

Se tratando da experiência prática no museu, “A tragédia do Holocausto: a vida de Julio Gartner” utilizará de cenografia, vídeos, fotos, sons e efeitos ao longo da representação dos pontos e locais marcantes na história do Holocausto.

Dentre os pontos a ser apresentados estão: o Gueto de Cracóvia, a câmara de gás em Auschwitz, o vagão de trem que levava aos campos de extermínio, o crematório de Melke, os túneis e minas de Ebensee, além de outros espaços. A exposição também terá fotografias e objetos originais cedidos pelo United States Holocaust Memorial Museum e outras entidades.

“O Holocausto foi um evento único na história, em que um Estado organizou de forma industrial o extermínio de um povo. O que o diferencia de qualquer evento histórico é a organização: ferrovias foram criadas, campos de extermínio foram construídos. Foi desenvolvida uma forma eficiente para assassinar pessoas, com o gás Zyklon B (pesticida à base de ácido cianídrico e nitrogênio), diz o curador e diretor-geral do MIS, André Sturm.

Funcionários públicos foram contratados para matar pessoas, com todo investimento estatal. Isso tudo só foi possível porque parte considerável do mundo (França, Romênia, Polônia, Alemanha) colaborou com esse processo, denunciando pessoas, destruindo casas e sinagogas. Nas palavras de Anne Frank em seu célebre diário: ‘o que é feito não pode ser desfeito, mas podemos prevenir que aconteça novamente’. Esse é o nosso maior objetivo com a exposição”, afirma.

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Para Marcio Pitliuk, curador da mostra, “a ascensão do nazismo na Alemanha, carregada de ódio e preconceito, aliada à xenofobia da superioridade da raça ariana, desembocou no Holocausto, o genocídio judeu, palavra criada após a Segunda Guerra Mundial que significa a destruição de um povo e sua cultura.”

“Que este triste exemplo sirva de lição para que sejam combatidas todas as ameaças às liberdades individuais e que os discursos de ódio sejam eliminados pela raiz, antes que cresçam e se espalhem”, completa.

| Serviço

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EXPOSIÇÃO | A TRAGÉDIA DO HOLOCAUSTO: A VIDA DE JULIO GARTNER

Data: a partir de 9 de março

Ingressos: R$ 20 (inteira); R$ 10 (meia); gratuito às terças e para crianças até 7 anos

Classificação indicativa: 16 anos

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Museu da Imagem e do Som – MIS

Avenida Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo| (11) 2117 4777 | www.mis-sp.org.br

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