Aos 51 anos, Reynaldo Gianecchini falou sobre sua nova fase na carreira. Conhecido como um dos maiores galãs da Globo, o ator disse que está expandindo os horizontes e explorando novos papéis, principalmente no cinema e teatro.
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“Não tenho nada contra o galã. Ele pode ser muito legal, e sempre me preocupei em interpretar um galã crível, não só um príncipe idealizado que não existe. Agora que não estou mais na fase de novelas e de ter contrato fixo, eu pensei que chegou a hora de fazer coisas diferentes. Testar novos formatos, personagens, coisas que eu nunca fiz, narrativas diferentes. [...] Chegou a hora de me desafiar em outras coisa”, disse em entrevista ao ‘O Globo’.
Após interpretar o líder religioso e abusador, Matias Cordeiro, em ‘Bom dia, Verônica’, série nacional da Netflix, Gianecchini aparece como par romântico de Grazi Massafera, em ‘Uma família feliz’, filme de suspense que estreia nos cinemas nesta quinta-feira (4). Segundo o ator, atuar para cada meio requer uma preparação diferente.
“A diferença em relação às novelas é que o melodrama é sempre muito explícito no que ele quer mostrar. Não sobra muita dúvida para o público ficar criando nada. Quando você pega um personagem como este, é o oposto, é sobre o que você está escondendo. Não é nada óbvio. Se ele está com raiva, ele finge que não está, só que a raiva tem que estar lá. Esta é a grande dificuldade: mostrar todas essas camadas sem as emoções explícitas. Neste filme, precisa sobrar um espaço para o público interpretar o que o Vicente está sentindo, não pode ser tudo dado. E o público tem que ficar na dúvida também.”
Pansexualidade
Além dos dois papéis, Gianecchini viverá uma drag queen no teatro a partir de junho. Quando o ator foi confirmado como protagonista do musical ‘Priscilla, a rainha do deserto’, adaptação do filme de 1994, teve que enfrentar diversas críticas, tanto de fora como de dentro da comunidade LGBTQIAPN+.
“Essa temática sempre me interessa, apesar de um monte de gente me criticar e falar que não represento nenhuma sigla nem nunca fiz nada pela comunidade. As pessoas esquecem que eu já falei que sou pansexual, que já tive romances com homens e mulheres. Dizem: “Por que ele não sai logo do armário?”. O que mais querem? Detalhes da minha vida íntima? Não vão ter”.