O Tribunal de Apelações de Nova York anulou a condenação contra Harvey Weinstein por dois crimes sexuais, gerando grande descontentamento nas supostas vítimas e alimentando o debate sobre se a posição de figuras proeminentes influencia a justiça sem fundamentos em provas das denúncias.
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O ex-produtor de cinema de Hollywood foi condenado em 2020 a 23 anos de prisão, acusado de usar suas influências para solicitar favores sexuais de dezenas de mulheres. Há em seu histórico uma média de 80 acusações, mas a condenação em Nova York foi por um crime de estupro e outro de abuso sexual contra duas mulheres.
A decisão do tribunal baseia-se no fato de que várias mulheres que testemunharam não faziam parte dos eventos que estavam sendo julgados. Por isso, a sentença afirma que a saída é um novo julgamento.
"Concluímos que o tribunal de primeira instância admitiu erroneamente testemunhos de supostos atos sexuais anteriores sem acusações contra pessoas diferentes das vítimas dos crimes subjacentes, pois esses testemunhos não serviram para nenhum propósito material, não propensão", explicou o tribunal.
Mas, o que se segue após a anulação da condenação do famoso ex-produtor? Embora esteja livre das acusações em Nova York, ele continuará preso, já que é provável que seja extraditado para a Califórnia, onde enfrenta uma sentença de 16 anos por estupro e agressão sexual, imposta em outro julgamento em 2022.
Harvey Weinstein e seu estado de saúde
Juda Engelmayer, ex-porta-voz de Harvey Weinstein, disse em entrevista à NBC News que após a anulação da sentença em Nova Iorque, a prioridade é a sua saúde.
Aos 72 anos, Weinstein usa andarilhos e às vezes precisa de uma cadeira de rodas, também tem problemas de audição e cardíacos.
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"Vamos tentar trazê-lo para receber cuidados médicos aqui em Bellevue [Hospital] primeiro... Ele ainda está em um andador, ainda em uma cadeira de rodas... Ele tem problemas de audição, problemas cardíacos. Harvey tem muitas montanhas de problemas de saúde e obstáculos para superar, mas espero que isso melhore seu humor e o ajude a lutar", disse Engelmayer, de acordo com a fonte citada.
Sobre a provável extradição para a Califórnia, indicou que esperam que os tribunais de Los Angeles se pronunciem nas próximas 24 ou 48 horas.
