A atriz Regina Duarte foi punida pela Justiça pela divulgação de fake news (notícias falsas) em suas redes sociais. Agora, ela deve pagar R$ 30 mil de indenização (com correção monetária), apagar a publicação e fazer uma retratação.
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No post que foi denunciado, a ex-secretária da Cultura do governo de Jair Bolsonaro usou uma foto de Leila Diniz para defender o período da ditadura militar e acabou sendo processada por Janaína Diniz Guerra, filha de Leila, morta em 1972.
O vídeo de Regina Duarte dizia que “64 foi uma exigência da sociedade” e que “as mulheres nas ruas pediam o restabelecimento da ordem”.
No entanto, para ilustrar a famosa usou uma foto de um protesto feito pelas atrizes Eva Todor, Tônia Carrero, Eva Wilma, Leila Diniz, Odete Lara e Norma Bengell em 1968 contra a ditadura.
O que diz a Justiça
Para a juíza Ingrid Charpinel Reis ficou evidente, por meio da fotografia, que Leila Diniz tinha como fundamento a luta em defesa da Democracia e não o apoio à ditadura.
“A ré, entretanto, sem qualquer tipo de autorização, publicou um vídeo em sua rede social contendo a referida foto, da qual a mãe da autora fazia parte, subvertendo o contexto em que a imagem foi feita – um momento de protesto contra o regime militar e a censura – utilizada para ilustrar, um discurso que dizia que “64 foi uma exigência da sociedade, as mulheres nas ruas pediam o restabelecimento da ordem”, afirmou a juíza.
A retratação
Como punição, Regina Duarte publicou nesta segunda-feira 15 uma retratação pelo post feito em dezembro de 2023.
Segundo a atriz, a publicação foi feita de boa fé: “Jamais imaginei que alguém pudesse interpretar meu post de forma diferente ou sentir-se prejudicado”, disse a ex-secretária da Cultura do governo Bolsonaro.