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Da bossa nova ao samba, quem era Sergio Mendes, pianista brasileiro de fama internacional

Um dos maiores nomes da música brasileira em todo mundo, Sergio Mendes morreu aos 83 anos, em Los Angeles, EUA.

O pianista Sergio Mendes morreu aos 83 anos nesta sexta-feira, 06 de setembro, em Los Angeles, nos EUA. Reconhecido internacionalmente por levar a Bossa Nova e o Samba para fora do Brasil, o músico construiu sua carreira ao lado de grandes nomes da música brasileira e internacional.

Um dos maiores nomes do samba-jazz, Sergio Mendes iniciou sua carreira ao lado de Tom Jobim, Vinicius de Moraes e Baden Powell. Foi no Beco das Garrafas, principal espaço da bossa nova no Rio de Janeiro, durante os anos 1950 e 1960, que ele ouviu pela primeira vez a música “Mas que Nada”, na voz de seu compositor, Jorge Ben Jor. A música, que anos depois foi regravada em uma parceria entre o pianista e o grupo americano Black Eyed Peas, foi a responsável por impulsionar os sucessos de Sergio mendes e o grupo “Brasil ‘66″ no exterior.

“Mas que Nada” inclusive chegou a entrar para o Top 100 das paradas americanas, conquistando o 47º lugar em 1966, mas não foi o único sucesso do pianista a alcançar a marca. Sergio Mendes também se destacou como o brasileiro com o maior número de gravações no Top 100, ao todo, foram 14 canções entre os maiores sucessos.

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História de vida

Nascido em Icaraí, bairro nobre de Niterói, no ano de 1941, Sergio Santos Mendes começou a estudar piano durante a infância e tinha a intenção de se tornar um pianista clássico. No entanto, ele se viu apaixonado pelo jazz de Stan Getz e Dizzy Gillespie, e em pouco tempo acabou conhecendo a bossa nova. O músico acabou ficando encantado pelo estilo musical de João Gilberto e Tom Jobim e foi por meio dele que se consagrou nacional e internacionalmente.

Foi aos 16 anos que ele passou a se apresentar na Petit Paris, casa noturna de Icaraí que o levou a alçar voos maiores em Copacabana, onde passou a frequentar o Beco das Garrafas. Em 1961 ele gravou seu LP de estreia, “Dance Moderno”, e logo depois se apresentou no Festival de Bossa Nova, realizado no Carnegie Hall, de Nova York. Em 1963, ele gravou os arranjos de Tom Jobim no LP “Você ainda não ouviu nada!”, que foi lançado em 1964 e se tornou um dos grandes clássicos da bossa nova.

Casado com Gracinha Leporace, que cantava em sua banda, Sergio e a família se mudaram para os EUA em 1970, onde ele viveu e se apresentou até os últimos momentos. Em seu Instagram, o pianista compartilhava não somente momentos em família, mas também apresentações musicais e mensagens de carinho para outros músicos com quem desenvolveu parcerias ao longo da vida.

Fonte: O Globo.

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