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Por que os líderes australianos estão recusando o encontro com Charles III?

A primeira visita do rei à Austrália em mais de uma década é marcada por rejeições políticas, levantando debates sobre o papel da monarquia no país

Na próxima sexta-feira, 18, rei Charles e a rainha Camilla irão desembarcar na Austrália, marcando a primeira visita de uma monarca britânica ao país em mais de uma década. No entanto, o que era para ser um momento de grande recepção está sendo ofuscado por uma onda de rejeições políticas. Vários líderes estaduais australianos recusaram convites para os eventos oficiais da monarquia, destacando um possível enfraquecimento da relação entre a Austrália e a Coroa Britânica.

Segundo o jornal The Independent, a primeira-ministra de Victoria, Jacinta Allan, recusou o convite para a recepção real que ocorrerá na capital, Camberra. Outros políticos já tiveram suas ausências justificadas com denúncias de “conflitos de agenda” ou compromissos eleitorais, evitando um encontro com a monarca britânica. A ausência dessas representações reflete um ambiente político dividido em relação ao papel da monarquia no país, que faz parte da Comunidade Britânica.

Um evento cercado de polêmicas

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O casal real deverá permanecer cerca de duas semanas na Austrália, e o principal evento de visita está agendado para o dia 21, quando o rei fará um discurso. O pronunciamento tem como objetivo refletir sobre as contribuições dos australianos em áreas como cultura, esportes e saúde. No entanto, a recepção fria por parte das lideranças locais levanta debates sobre a relevância da monarquia no atual contexto australiano.

Esse cenário de exclusão pública não é algo novo. A relação entre a Austrália e o Reino Unido já vem sendo alvo de discussões há anos, com setores da sociedade questionando a necessidade de manter o país sob a figura simbólica de uma monarca estrangeira. A visita de Charles, ao invés de fortalecer os laços, parece estar trazendo à tona um sentimento crescente de desconexão.

O monarca também levará um médico e um estoque do próprio sangue para a viagem. Em luta contra o câncer desde o início do ano, ele seguirá tendo a sua saúde monitorada nesse período. Isso porque ele irá pausar a quimioterapia para viajar. Portanto, ele terá uma equipe médica a sua disposição e com todos os aparatos necessários para socorrê-lo se necessário.

Por enquanto, o evento em Camberra segue confirmado, mas com a ausência de figuras de destaque, o que pode impactar a imagem da monarquia tanto na Austrália quanto internacionalmente. A expectativa agora é observar como será a recepção popular ao casal real, diante de uma política de liderança que opta por não estar presente.

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