Nos últimos anos, dois nomes conhecidos da música e da literatura brasileira enfrentam desafios semelhantes. Preta Gil e Tony Bellotto foram diagnosticados com câncer e, desde então, vêm compartilhando suas jornadas de tratamento com o público. A atitude aberta e positiva de ambos têm servido de inspiração para muitas pessoas que passam por situações semelhantes.
A cantora recebeu o diagnóstico de câncer colorretal no início de 2023. O tratamento envolveu sessões de quimioterapia, radioterapia e cirurgias. No final do ano passado, foi submetida a um procedimento para remover tumores na região da pelve, resultando na necessidade de uma bolsa de colostomia definitiva. Já em março de 2025, o guitarrista dos Titãs revelou que enfrenta um câncer de pâncreas e que passaria por uma cirurgia nos dias seguintes.
Ambos estão sendo acompanhados pela oncologista Fernanda Capareli, especialista em tumores gastrointestinais do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Segundo a médica, os artistas demonstram uma resiliência impressionante diante da doença, encarando o tratamento com determinação e otimismo.
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A importância do diagnóstico precoce
O caso do músico reforça a importância dos exames preventivos. Seu câncer foi identificado durante um check-up de rotina, permitindo um diagnóstico precoce. A descoberta aconteceu após a realização de um ultrassom, que apontou um cisto suspeito no pâncreas. Exames complementares, como tomografia e ressonância magnética, confirmaram a presença do tumor.
Essa forma de câncer geralmente não apresenta sintomas nos estágios iniciais e, quando descoberto tardiamente, pode se espalhar rapidamente. Felizmente, o tumor foi detectado em uma fase localizada, permitindo a realização de cirurgia seguida de quimioterapia para eliminar possíveis células remanescentes.
Já o câncer colorretal, como o que afeta a filha de Gilberto Gil, tem apresentado aumento de casos em pessoas mais jovens. Fatores como alimentação rica em ultraprocessados, consumo excessivo de álcool e tabagismo são apontados como agravantes. Especialistas alertam para a necessidade de exames de rastreamento, como a colonoscopia, especialmente a partir dos 45 anos ou mais cedo em casos de histórico familiar da doença.
Com informações: O Globo