Ex- judoca, dono de uma medalha de bronze na Olimpíada de Los Angeles, em 1984, Walter Carmona celebra o ambiente positivo para a prática da modalidade no país.
O que tem feito após a aposentadoria?
Hoje eu tenho uma metalúrgica, sou industrial. Mas continuo muito ligado ao esporte. Inclusive, os medalhistas do judô me consideram até um capitão nos encontros que temos feito pela minha liderança (risos).
Tem acompanhado esse avanço da modalidade?
Claro, não tem como ficar distante. A estrutura melhorou muito. Hoje, temos mais centros de treinamentos e mais atletas disputando as melhores colocações no circuito mundial, mas a principal mudança é o ambiente que foi criado.
Como assim?
As pessoas conseguem acompanhar o judô. Há alguns anos, não havia isso. Claro que continua incomparável ao futebol e ao vôlei, por exemplo. Mas, na minha época, a luta era para que, no Brasil, as pessoas entendessem as regras, como acontecia na França. Pelo menos o mínimo tinha que ser compreendido. Isso criaria uma atmosfera positiva, não só para a prática, como para que as pessoas assistissem. Depois de todos esses anos, posso dizer que isso aconteceu. Aumentou a visibilidade, massificou e trouxe patrocínios.
Qual a sua expectativa para a Olimpíada no Rio?
São as melhores possíveis. Espero que o resultado seja ainda melhor do que o que tivemos em Londres, em 2012. Mesmo assim, é impossível dizer que teremos 12 medalhas. Depende muito de como cada atleta vai estar no dia da competição. Além disso, existem oponentes fortes.