«Nem nos melhores sonhos imaginava isso. Tinha objetivo de nadar seis provas individuais e conquistar medalhas em todas elas, e no revezamento dar o melhor e ajudar meus companheiros a conquistar medalhas. Ganhar nove medalhas é sensacional, a ficha ainda não caiu», afirmou o atleta.
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Foram quatro medalhas de ouro para o brasileiro nas provas de 50m, 100m e 200m livre, e 50m costas, todas na classe S5. Ele ganhou três de prata, nos 100m peito (SB4), no revezamento 4x100m livre 34 pontos e no revezamento 4×50 m misto 20 pontos. E sua coleção se completou com duas medalhas de bronze, nos 50m borboleta (S5) e no revezamento 4x100m medley 34 pontos.
«Esse ano foi bem diferente para mim. Tive uma lesão, a primeira em dez anos de carreira, fiquei um mês parado. Em Londres, foram seis medalhas, tinha 24 anos. Sabia que seria difícil, ainda mais porque meus adversários se especializam em algumas provas e eu nado muitas», comentou o atleta.
No Rio, Daniel chegou a 24 pódios em sua trajetória na história dos Jogos Paraolímpicos, ultrapassando o australiano Matthew Cowdrey. Com isso, ele se tornou o maior nadador paraolímpico em número de medalhas. Acima dele só estão mulheres da natação, como Claudia Hengst, da Alemanha, com 25, Béatrice Hess, da França, com o mesmo número, e a inalcançável Trischa Zorn, dos Estados Unidos, que subiu 55 vezes ao pódio paraolímpico em sua carreira.
«Realmente não estava fazendo essa conta. Procurei viver a cada dia, acabou dando nove medalhas, me tornei o maior medalhista masculino da natação, mas tem uma mulher que está muito longe, acho que não chego lá», disse, rindo. «Eu tento sempre mostrar o esporte paraolímpico, isso é muito importante.»