Leul Gebresilase Aleme cruza a linha de chegada | Paulo Pinto/ Fotos Públicas
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A prova masculina da São Silvestre em 2016 teve, mais uma vez, domínio africano, com o diferencial de a chegada ter sido emocionante. Somente nos últimos metros, já na chegada, na avenida Paulista, o etíope Leul Gebresilase Aleme apertou o ritmo e se distanciou de outros dois adversários para ganhar a prova, com dois segundos de diferença para o segundo lugar. O melhor brasileiro foi Giovani dos Santos, que repetiu a melhor marca pessoal e foi o quarto colocado.
O etíope de 24 anos foi o vice-campeão do ano passado e teve de superar uma dura disputa com o compatriota Dawit Admasu, vencedor em 2014 e segundo colocado agora, e o queniano Stephen Kosgei, terceiro lugar. Os três estavam lado a lado até Aleme acelerar e superar os outros dois pouco antes da chegada, em um sprint emocionante, com o tempo de 44min52s.
Os competidores tiveram de encarar um calor de quase 30ºC, a temperatura mais alta desde a realização da prova pela manhã, o que ocorre desde 2012. O domínio africano aumenta o jejum brasileiro de vitórias na prova masculina, vencida pela última vez por um atleta nacional em 2010, com Marilson Gomes dos Santos. O resultado de 2016 fez Giovani igualar as marcas de 2012 e 2013, quando também foi o quarto. Nos dois anos seguintes o mineiro acabou em quinto. Desta vez, terminou a meio minuto do terceiro colocado, com 45min30s como tempo corrigido.
Campeã olímpica, queniana sobra
Antes da Corrida Internacional de São Silvestre, a queniana Jemima Sumgong fez charme. Disse que seu histórico vitorioso em longas distâncias não lhe dava a certeza de bom resultado. O que se viu nas ruas de São Paulo na manhã desta sexta-feira, porém, foi ela ditando um ritmo fortíssimo, a ponto de vencer com o novo recorde da prova.
Sumgong correu a prova toda praticamente sozinha, depois de abrir folga já nos primeiros quilômetros. Mesmo debaixo de muito calor na manhã do último dia do ano e sem nenhuma rival por perto para incentivá-la a acelerar, a queniana completou os 15km da São Silvestre em 48min35s.
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O resultado é impressionante porque supera em 0s13 o tempo feito pela também queniana Priscah Jeptoo em 2011. Naquele ano, porém a prova teve largada na avenida Paulista e chegada no Obelisco do Ibirapuera. Aconteceu em descida, portanto.
Métrica mais justa com o tempo anotado por Sumgong é a comparação com o tempo das campeãs dos últimos três anos. Nancy Kipron completou em 51s58 em 2012, enquanto que a etíope Yimer Wude Ayalew marcou 50s43 em 2014 e 54s01 no ano passado. Em percurso semelhante – houve alterações em algumas ruas no centro -, a queniana foi quase seis minutos mais rápida do que a campeã de 2015.