A Chapecoense vai contratar até 20 jogadores para a nova temporada e está reservando dois números de camisa para os sobreviventes do acidente aéreo que matou quase toda a equipe principal do clube, na esperança de que eles possam voltar a jogar, disse o diretor de futebol da equipe nesta terça-feira.
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O avião que transportava a equipe da Chapecoense para Medellín, na Colômbia, onde disputaria a partida de ida da final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional caiu no dia 28 de novembro, matando 71 pessoas.
O zagueiro Neto e o lateral Alan Ruschel sobreviveram, assim como o goleiro reserva Jackson Follmann, que teve parte de uma das pernas amputada.
O diretor da Chapecoense, Rui Costa, disse que os três ainda têm um papel a desempenhar no clube.
«Nesta temporada, nenhum jogador usará as camisas que foram usadas por Jackson Follmann, Neto ou Alan Ruschel», disse Costa a jornalistas.
“Mais do que uma homenagem, em relação ao Alan e ao Neto, temos expectativa de que eles possam vestí-las. O Follmann, infelizmente, não pode vesti-la, mas certamente estará em breve aqui conosco em alguma outra função. Só quem pode usar essas camisas são eles.”
Costa disse que o clube contratará entre 18 e 20 novos jogadores antes do início da temporada, no dia 26 de janeiro, em partida contra o Joinville.
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«Estamos recorrendo a vários empréstimos», disse Costa. “Essa foi a ferramenta para agregar qualidade, agilidade e orçamento. Muitos clubes estão sendo parceiros nisso.”
O elenco vai iniciar a pré-temporada na sexta-feira, com alguns jogadores da equipe de juniores se juntando às novas contratações e aos atletas que não embarcaram no voo para a Colômbia.
“Nós chegamos a mapear 90 atletas, chegamos depois, em um segundo momento, a 50 atletas e, finalmente, chegamos a uma lista de 38 atletas, o que desembocou nas contratações que temos hoje”, disse.
«Temos um grupo pronto para começar a pré-temporada. Provavelmente teremos entre 25 e 27 jogadores.»
O clube, que foi declarado campeão da Sul-Americana e consequentemente uma vaga na Copa Libertadores, rejeitou propostas que lhe dariam imunidade contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro por três anos.