A Fifa registrou prejuízo de 391 milhões de dólares em 2016, uma vez que os custos relacionados ao maior escândalo de corrupção na história da entidade e investimentos que fracassaram pesaram sobre as contas, e estimou, nesta sexta-feira (07), um prejuízo ainda maior neste ano.
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O prejuízo do ano passado, que aumentou em relação aos 117 milhões de dólares perdidos em 2015, aconteceu devido aos altos custos judiciais e pela realização de um congresso extraordinário convocado para a eleição de um novo presidente depois que Joseph Blatter renunciou em meio a denúncias de corrupção.
Os custos judiciais mais do que dobraram para 50 milhões de dólares durante 2015, mas a Fifa espera que esses custos diminuam consideravelmente no futuro.
Investimentos apontados pela Fifa como «mal planejados», como o museu do futebol e o hotel da entidade em Zurique, assim como novos padrões de contabilidade, também contribuíram para o prejuízo.
A federação internacional de futebol também aumentou seus gastos com o que descreveu como educação e desenvolvimento para 428 milhões de dólares durante 2016, ante 187 milhões de dólares um ano antes.
Como resultado das perdas, divulgadas no balanço financeiro anual da Fifa, as reservas da federação caíram para 1,048 bilhão de dólares, ante 1,41 bilhão de dólares em 2015.
A Fifa disse que antecipa um prejuízo de 489 milhões de dólares em 2017, mas deve voltar a registrar lucro, de 1,07 bilhão de dólares, em 2018, quando a Copa do Mundo será realizada na Rússia, levando seu resultado financeiro para o período 2014-2018 a um lucro de 100 milhões de dólares.