O Chile perdeu para a Bolívia na altitude de La Paz, nesta terça-feira, e se complicou na luta por uma vaga na Copa do Mundo do ano que vem, na Rússia. Com outra péssima atuação, a seleção caiu por 1 a 0 e chegou à segunda derrota consecutiva nas Eliminatórias Sul-Americanas para o Mundial.
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Vindo de uma surpreendente derrota em casa para o Paraguai, por 3 a 0, o Chile precisava vencer na altitude para espantar a crise e a pressão sobre o técnico Juan Antonio Pizzi. A derrota, porém, pode tirar a seleção atual bicampeã da Copa América da zona de classificação para a próxima Copa do Mundo.
O resultado manteve os chilenos com 23 pontos. E a seleção que entrou na rodada na quarta colocação da tabela pode ficar de fora até da zona de classificação para a repescagem ao fim desta terça-feira. Melhor para os bolivianos, que já não brigam pela classificação – estão em penúltimo, com 13 pontos – mas complicaram a vida do rival.
O JOGO – Como costuma fazer quando joga na altitude, a Bolívia começou sufocando o Chile. Com mais posse de bola, ganhava o campo de ataque, mas diante da falta de qualidade de seus jogadores, levava perigo apenas na bola parada. Aos cinco minutos, Arce tabelou na cobrança de escanteio e bateu mesmo com pouco ângulo, com muito perigo.
Conhecido por sua ineficiência pelo alto, o Chile sofreria em outras duas oportunidades em escanteios da Bolívia. Aos sete, Bravo saiu muito mal e Moreno ficou sozinho, sem goleiro, mas cabeceou para fora. Dez minutos depois, após nova cobrança pela esquerda, Vidal se atrapalhou e quase marcou contra.
Sem grande criatividade, a Bolívia insistia pelo alto e chegou muito próxima do gol aos 26. Escobar cruzou da direita, Valverde subiu sozinho para cabecear e jogou rente à trave.
A resposta do Chile só veio aos 39 minutos, em chance incrível desperdiçada por Vidal. Isla infiltrou pelo lado direito do ataque e chegou cruzando de primeira, para o meia do Bayern de Munique, que apareceu na segunda trave e finalizou sozinho, praticamente sem goleiro, para fora.
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O segundo tempo começou como o primeiro, com a Bolívia dona da posse, ganhando o campo de ataque e sem criatividade. Mas os donos da casa contaram com um erro crasso da defesa adversária para abrir o placar. Aos 12 minutos, Flores arriscou da entrada da área e Marcelo Díaz, extremamente desajeitado, meteu a mão na bola. O árbitro deu pênalti, que Arce bateu firme no canto direito, sem chances para Bravo.
O técnico Juan Antonio Pizzi, então, tentou levar sua equipe à frente com as entradas de Valdivia, ex-Palmeiras, e Leo Valencia, do Botafogo, mas pouco mudou. Os visitantes sequer conseguiram levar perigo a Carlos Lampe e tentaram criar uma oportunidade na marra, ao reclamarem de pênalti em toque com braço de Candía na área. O árbitro não marcou, e o Chile não encontrou qualquer outra forma de chegar ao gol adversário.
FICHA TÉCNICA:
BOLÍVIA 1 X 0 CHILE
BOLÍVIA – Carlos Lampe; Bejarano, Zenteno, Ronald Raldes e Jorge Flores; Valverde (Candía), Justiniano e Jhasmani Campos (Chumacero); Juan Carlos Arce, Pablo Escobar (Gilbert Álvarez) e Marcelo Moreno. Técnico: Mauricio Soria.
CHILE – Claudio Bravo; Mauricio Isla, Gary Medel, Paulo Díaz e Beausejour; Pedro Hernández, Marcelo Díaz (Valdivia), Francisco Silva e Arturo Vidal (Leo Valencia); Eduardo Vargas (Paredes) e Alexis Sánchez. Técnico: Juan Antonio Pizzi.
GOL – Juan Carlos Arce, aos 13 minutos do segundo tempo.
ÁRBITRO – Wilmar Roldán (Fifa/Colômbia).
CARTÕES AMARELOS – Justiniano, Jhasmany Campos (Bolívia); Beausejour, Alexis Sánchez (Chile).
CARTÃO VERMELHO – Chumacero (Bolívia).
RENDA E PÚBLICO – Não disponíveis.
LOCAL – Estádio Hernando Siles, em La Paz (Bolívia).