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Michael Schumacher faz 50 anos; relembre história do heptacampeão da Fórmula 1

Getty Images

A data é comemorativa, mas a sensação é estranha. Michael Schumacher completa nesta quinta-feira (3) 50 anos. Apesar da efeméride, os fãs mostram mais preocupação com o estado de saúde do piloto mais vitorioso da história da Fórmula 1. Há cinco anos, o heptacampeão sofreu um grave acidente enquanto esquiava. Desde então, pouco se sabe sobre as suas condições clínicas.

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O que sabe é que Schumacher está em sua casa na Suíça recebendo cuidados intensivos. Na terça (2), a família soltou um raro comunicado em relação à situação vivida por ele.

“Vocês podem ter certeza que ele está nas melhores mãos e estão fazendo tudo humanamente possível para ajudá-lo. Por favor, entendam que estamos seguindo os desejos de Michael e mantendo um assunto tão sensível como sua saúde em privacidade. Ao mesmo tempo, queremos agradecer por sua amizade e desejar saúde e um feliz 2019”, diz a nota.

A Ferrari inaugurará hoje em seu museu a exposição “Michael 50”. O alemão e a escuderia italiana formaram a mais vitoriosa parceria da categoria. Foram 179 GPs juntos.

Para reverenciar os 50 anos de Schumacher, o Metro Jornal traz alguns dos momentos mais marcantes do heptacampeão.

Schumacher na sua chegada à F1 (Hoch Zwei/Corbis via Getty Images)

O começo

A história de Schumacher na F1 começou com uma briga de trânsito. Em 1990, o francês Bertrand Gachot se envolveu em uma discussão com um taxista em Londres. A confusão levou o piloto da Jordan a julgamento no ano seguinte. A sentença foi de 18 meses de prisão – só dois foram cumpridos. A pena foi promulgada às vésperas do GP da Bélgica. Para convencer Eddie Jordan a contratar o seu piloto, o empresário afirmou que Schumacher conhecia bem a pista de Spa-Francorchamps, o que era mentira. Schumacher disputava o World Sportscar Championship como piloto da Sauber, equipada com motores Mercedes. A montadora alemã pagou 150 mil dólares para que Jordan escolhesse o novato.

Para conhecer o traçado de Spa, Schumacher conseguiu uma bicicleta dobrável emprestada para percorrer 7 quilômetros da pista. A pouca rodagem não o impediu que se classificasse para a prova na sétima posição, mas a primeira corrida não foi das melhores. Seu carro quebrou ainda na primeira volta. Na corrida seguinte, o alemão estava no cockpit da Benetton, o que resultou na demissão do brasileiro Roberto Pupo Moreno.

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Pilotos quase brigaram (Hoch Zwei/Corbis via Getty Images)

Schumacher x Senna

A relação entre Senna e Schumacher foi curta, mas marcante. Em 1992, o brasileiro deu um “puxão de orelha” em Schumacher no GP da França. Logo na largada, os dois bateram e a prova acabou para Senna. Na 16a volta, a corrida foi interrompida pela chuva. Nos boxes, o tricampeão foi tirar satisfações de Schumacher. Os dois também quase brigaram em testes em Hockenheim naquele ano.

Em 1994, ano da morte do brasileiro, Schumacher dedicou o seu primeiro título ao brasileiro, seu ídolo.

A vitória no GP da Itália de 2000 foi a 41a de Schumacher na F1, igualando a marca de Senna, então o segundo maior vencedor da história. Emocionado, Schumacher não segurou às lágrimas durante a sua entrevista coletiva.

Os títulos

  1. O primeiro
    A temporada de 1994 foi tumultuada, marcada pelas mortes de Senna e Ratzenberger e punições envolvendo o alemão e a Benetton. Na última corrida, Schumacher jogou seu carro sobre a Williams de Damon Hill para ser campeão.
  2. O bi
    Com a Bennetton utilizando os mesmos motores Renault da Williams em 1995, o bicampeão foi conquistado de maneira mais tranquila.
  3. O tri
    Desde 1996 na Ferrari, Schumacher foi ser campeão pela equipe pela 1a vez em 2000, encerrando um jejum dos italianos que durava desde 1979.
  4. O tetra
    O título em 2001 já tinha uma total superioridade da Ferrari e de Schumacher. O tetra veio com quatro provas de antecipação.
  5. O penta
    Em 2002, seu domínio foi tão grande que o título foi conquistado com seis corridas de antecedência. A mancha foi a ordem da Ferrari para Barrichello deixar Schumacher vencer na Áustria.
  6. O hexa
    A facilidade não foi tão grande em 2003. Foi necessário um oitavo lugar no GP do Japão, o último do ano, para ser campeão.
  7. O hepta
    A Ferrari voltou a ser dominante em 2004. Schumacher se tornou hepta em uma temporada em que venceu 13 das 18 provas.

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A volta

Após vencer o seu sétimo título, Schumacher anunciou a aposentadoria. Em 2009, Schumacher quase voltou às pistas. Ele foi cogitado para substituir o acidentado Felipe Massa na Ferrari. Como testes eram proibidos durante a temporada, o retorno não passou de uma tentativa frustrada.
Em 2010, aos 41 anos, Schumacher voltou à categoria correndo pela Mercedes, empresa que patrocinou sua estreia na F-1. Nos três anos em que correu pela equipe, os resultados não foram os imaginados. Nenhuma vitória foi conquistada e o alemão subiu ao pódio somente uma vez. Sua despedida das pistas foi no GP do Brasil de 2012. Ele terminou em sétimo lugar.

Curiosidades

  1. Entre os recordes de Schumacher estão o maior número de vitórias (91), voltas mais rápidas (77), pódios (155) e corridas na zona de pontos (221).
  2. Ninguém venceu tantas vezes um mesmo GP como Schumacher. Foram oito vitórias na França e sete no Canadá e em San Marino.
  3. Entre 1992 e 2006, Schumacher venceu pelo menos uma corrida em cada temporada.
  4. O alemão teve 12 companheiros de equipes diferentes. Barrichello foi o mais longevo, sendo o seu escudeiro por seis temporadas.
  5. Schumacher venceu em 22 GPs diferentes

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