O presidente do Conselho Deliberativo do Athletico Paranaense, Mario Celso Petraglia, respondeu uma repórter de forma agressiva durante uma entrevista coletiva dada na segunda-feira (13) sobre o caso de doping de jogadores do clube na Libertadores da América.
ANÚNCIO
Ao fim da coletiva, a jornalista Luana Kaseker, da Gazeta do Povo, questionou o dirigente sobre a dívida do clube envolvendo seu estádio, que chega a R$ 430 milhões. Petraglia se recusou a tratar o assunto e cobrou da profissional uma pergunta dentro do tema da coletiva.
Ela questionou em seguida sobre a possibilidade do volante Bruno Guimarães ter relação com a suspeita de doping, já que o jogador esteve ausente na partida contra o Boca Juniors. Oficialmente, o clube afirmou que o atleta trata uma amigdalite.
Veja também:
Hackers descobrem falha em WhatsApp e espalham vírus; empresa recomenda atualização
Delação premiada de dono da Gol cita Maia, Temer e outros grandes nomes da política
Irritado, Petraglia disse: «Por favor, estou pedindo que ajudem a melhorar a imagem dos atletas envolvidos. E a senhorita, senhora, não sei, vem envolver atletas que não estão envolvidas. Se continuar neste caminho, a próxima entrevista coletiva a Gazeta do Povo estará proibida de entrar. Por favor, cale-se.”
Mesmo com a resposta agressiva, a repórter ainda agradeceu a atenção e foi agredida verbalmente outra vez: “Isto não merece agradecimento, merece desculpas.»
A assessoria do clube defendeu o dirigente e afirmou que sua fala foi uma tentativa de proteger os jogadores. O jornal Gazeta do Povo lamentou a atitude de Petraglia e condedou o tratamento dado à repórter. O SindjorPR (Sindicato dos Jornalistas do Paraná) repudiou o episódio, que considerou como um “ataque ao livre exercício profissional”.
ANÚNCIO
O Athtletico Paranaense foi notificado pela Conmebol – entidade responsável pela Libertadores – pelo uso de Higenamine (medicamento para emagrecer e aumentar a massa muscular) no zagueiro Tiago Heleno. O clube reconheceu o risco de o meia Camacho também ter ingerido a substância proibida.