Esporte

Everton Cebolinha assume protagonismo da Seleção e canaliza o carinho da torcida

‘O quelidinho da galela!’ Antes do início da Copa América, a preocupação da comissão técnica da Seleção era também se reconectar com a torcida brasileira. Demorou dois jogos para que a senha para a conexão fosse identificada. E ela é Everton Cebolinha.

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Depois de iniciar no banco na vitória contra a Bolívia (3 a 0) e no empate com a Venezuela (0 a 0), o atacante do Grêmio desbancou o posto de David Neres como substituto do lesionado Neymar e foi titular no triunfo por 5 a 0 sobre o Peru. Fez um gol, como já havia feito contra os bolivianos.

Mais do que as chances em campo, Everton se tornou o xodó da torcida. Depois de jogar pouco, mas bem, na estreia, os torcedores já pediram sua entrada na Fonte Nova, diante da Venezuela. O camisa 19 entrou colocando fogo na partida, mas não foi o suficiente para tirar o zero do placar.

Contra o Peru, o plano infalível foi realmente infalível: começou como titular e foi eleito o melhor da partida.

Seguirá no time contra o Paraguai, amanhã, às 21h30, pelas quartas de final. Onde? Na Arena do Grêmio, estádio que ele “conhece cada pedacinho”, como o próprio camisa 19 diz.

O sucesso do Cebolinha da Seleção parece ser bem mais próspero do que o dos quadrinhos. Criado em 1960 por Mauricio de Sousa, o personagem tenta até os dias de hoje pegar o Sansão, coelhinho para se tornar o dono da rua – ou melhor, o dono da “lua”.

quelidinho da galela everton

Everton Sousa Soares (Cebolinha)

23 anos
Natural de Maracanaú (CE)
Começou nas categorias de base do Fortaleza, mas só estreou como profissional em 2014, já com a camisa do Grêmio

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‘A oligem’

O apelido foi dado pelo lateral Pará, em 2014. À época com 18 anos, ainda aspirante a profissional do Grêmio, Everton tinha um cabelo espetado que lembrava o do personagem da Turma da Mônica. Mauricio de Sousa fez um desenho para o atacante a pedido do Globoesporte.com.

‘O histólico’

Everton foi convocado pela primeira vez para a Seleção em agosto de 2018, para amistosos contra EUA e El Salvador. Sua estreia foi exatamente na partida contra os norte-americanos, ao entrar no lugar de Neymar, aos 35 minutos do segundo tempo. O primeiro gol pelo Brasil veio na vitória por 3 a 0 sobre a Bolívia, na abertura da Copa América.

‘Os númelos’

Aos 23 anos, o Cebolinha teve uma ascensão meteórica na carreira. Reserva nos títulos da Copa do Brasil (2016) e da Libertadores (2017), o atacante saiu da sombra de seus companheiros após a saída de Fernandinho e de Pedro Rocha. Em 2018, Everton deixou para trás até mesmo o meia Luan para se firmar como o maior nome do time.

Pela Seleção: 9 jogos; 2 gols; 2 assistências
Pelo Grêmio (desde 2014 como profissional): 227 jogos; 56 gols; 10 assistências

‘Os concolentes’

A partir do corte de Neymar, que rompeu ligamentos do tornozelo direito, uma vaga no ataque ficou em aberto. Sem o craque do time na Copa América, Tite optou por trazer Willian, velho conhecido do treinador e do torcedor brasileiro. Mas o jogador do Chelsea veio para completar o grupo. Quem herdou a vaga no início da competição foi David Neres, muito pela ótima temporada com a camisa do Ajax. Só que o jovem não brilhou tanto. Ao menos, não tanto quanto Everton. O Cebolinha do Grêmio tomou a titularidade no duelo contra o Peru, último da primeira fase, e dificilmente sairá do time.

‘Little onion’

O destaque de Everton no Grêmio e agora na Seleção tem chamado a atenção dos clubes estrangeiros. De acordo com o jornal inglês The Independent, o Cebolinha – ou “Little Onion”, como eles chamaram – desperta interesses de grandes potências, como Manchester United, Juventus, Milan e PSG.

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