Fundado em 1918, o Botafogo de Ribeirão Preto dá um novo passo em sua história neste sábado (29), com a inauguração oficial de sua nova arena, no Estádio Santa Cruz. E o clube trata o momento como um divisor de águas para o Tricolor, que sonha alto.
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O time da casa recebe o Corinthians para amistoso e inaugura seu mais novo setor, modernizado com assentos e a chegada de bares, lounge, camarotes e suítes corporativas.
O novo projeto é um marco do Botafogo SA, uma empresa gerida por Adalberto Baptista e Gustavo Vieira de Oliveira, com suas experiências em clubes como São Paulo e Santos, e que propõem novo modelo de zeladoria de uma equipe de futebol. “É uma gestão profissional onde a política do clube não interfere à gestão da empresa”, explica Adalberto Baptista, presidente do Conselho de Administração.
No caso do Tricolor do interior, a sociedade é dividida entre pessoas físicas e jurídicas, com o capital investido dividido em ações. “O modelo montado aqui não tem paradigma. É um caminho inevitável, já que os clubes na forma de associação vão acabar ficando para trás, muito por causa da política interna. Outros projetos de clube-empresas foram sugeridos pelos clubes, mas o nosso é diferente, gerado de fora para dentro, como um modelo de empresa que o Botafogo aderiu ao projeto”, explica.
Estreando na Série B do Campeonato Brasileiro esse ano, com oito rodadas o Botafogo está em segundo lugar, e o clube acredita em um prazo de três anos para alcançar a Série A – mas tudo bem se essa ascensão vier antes.
Red Bull e Bragantino
O estado de São Paulo tem o mais novo clube-empresa do Brasil, com a união de Red Bull e o Bragantino, em abril. Os clubes disputavam a primeira divisão do Campeonato Paulista e a equipe comandada pela empresa austríaca passou a gerir o setor de futebol do time paulista logo ao término do torneio.
Com essa união, o agora Red Bull Bragantino montou um time forte, também sonhando com a Série A do Brasileiro em 2020. O projeto tem ido bem: o time lidera a Série B, com 19 pontos, três a frente do Botafogo.
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“Estamos na vanguarda do futebol brasileiro. Em pouco tempo, o Bragantino será o quinto maior clube do estado de São Paulo”, disse Marquinho Chedid, presidente do Bragantino.
Clubes-empresa no país
O projeto de clubes-empresa no Brasil ainda engatinha e as leis mudaram muito principalmente ao longo das duas últimas décadas. Em 1994, a Lei Zico exigia que todos os clubes se transformassem em empresa, mas o projeto nunca deu certo e caiu com o passar dos anos. Naquela época, o pioneiro foi o União São João de Araras – o clube fechou as portas em 2015. Alguns times tentaram ou ainda são geridos no modelo empresarial, cerca de 20 deles, como São Caetano, Audax, Ferroviária, Americana, Operário, entre outros.