O meia do Corinthians Rodrigo Garro está de volta ao Brasil, após o acidente com carro que terminou com a morte de um homem e indiciamento por homicídio culposo do atleta. Garro chegou no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, na noite desta segunda-feira (6), por volta das 21h30. Ele usou uma saída alternativa do aeroporto e não falou com a imprensa. Está prevista a reapresentação do jogador ao elenco nesta terça (7), no CT Joaquim Grava.
No último sábado (4), Nicolás Chiaraviglio, de 30 anos, morreu após acidente entre moto e o carro do jogador do Corinthians, em General Pico, na Argentina.
Em entrevista ao jornal argentino Info Pico, o advogado do meia afirmou que contou com a ajuda do departamento jurídico do Corinthians para conseguir a liberação do atleta e, assim, evitar que ele não pudesse deixar a Argentina.
David Diván, que representa o atleta, disse que um documento assinado pelos diretores do Corinthians, no qual se colocam à disposição do Ministério Público e da Justiça para facilitar a transferência de Garro caso ele deva comparecer novamente, foi entregue às autoridades argentinas. Com base em tudo isso, ele não teve impedimento para deixar o país.
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David Diván explicou que a única coisa que o Ministério Público fez, previsto no Código de Penal, foi solicitar a suspensão temporária e provisória para dirigir veículos, sem qualquer impedimento para poder sair do país. Além disso, foram fornecidas ao Ministério Público as passagens para São Paulo que ele já havia adquirido, porque ele tem que voltar para a pré-temporada. Um documento assinado pelos diretores do Corinthians, no qual se colocam à disposição do Ministério Público e da Justiça para facilitar a transferência de Garro caso ele deva comparecer novamente. Com base em tudo isso, ele não teve impedimento para deixar o país.
O procurador-geral da província argentina de La Pampa, Armando Agüero, explicou que, na teoria, ele poderia pedir que o atleta permanecesse no país até que o caso seja resolvido. Agüero explicou que a questão trabalhista é levada em consideração, e a promotoria não vai pedir que o atleta fique na Argentina. Após audiência com juiz no último domingo (5), Garro foi liberado e vai responder ao processo de homicídio culposo, pelo qual foi indiciado, em liberdade.
O jurídico do clube tem acompanhado o caso. O advogado também reforçou ainda que Garro não tentou, em nenhum momento, deixar o local do acidente, e que está à disposição da Justiça argentina e da família do motociclista.
O caso
O acidente aconteceu durante a madrugada no cruzamento das ruas 300 e 108 de General Pico, cidade natal do jogador corintiano, a cerca de 600 km de Buenos Aires.
Garro dirigia uma caminhonete Dodge RAM quando colidiu com a moto de Nicolás Chiaraviglio, de 30 anos. O motociclista morreu no local do acidente.
O procurador Agüero relatou que Garro testou positivo no bafômetro, com um resultado de 0,5 gramas de álcool por litro de sangue, e que na província de La Pampa, a tolerância de álcool para dirigir é zero.
O procurador-geral afirmou que Garro foi detido após o acidente, mas foi posto em liberdade. Ele explicou que não houve necessidade do jogador permanecer detido por não demonstrar intenção de fugir, por ser morador da cidade em que o acidente aconteceu e por ter mantido contato com as autoridades desde então. Além disso, ele está sem veículo. Foi apreendido.