A cada 7,6 minutos alguém é diagnosticado com câncer de próstata. Estimativa é de que em 2014 sejam registrados 69 mil novos casos. Com base em dados de 2011, a cada 40 minutos um homem morre, vítima da doença. Os dados, alarmantes, são do Inca (Instituto Nacional do Câncer).
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O câncer de próstata é o mais frequente no sexo masculino, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Estatísticas apontam que, a cada seis homens, um é portador da doença. Também é o segundo em mortalidade (primeiro é o de pulmão).
“O número de óbitos está relacionado a não realização de exames preventivos”, diz o urologista Lucas Nogueira, coordenador do departamento de uro-oncologia da SBU (Sociedade Brasileira de Urologia).
Ele destaca outro dado, que embasa sua tese: cerca de 20% dos casos são diagnosticados em fase avançada. Depois do aparecimento dos sintomas, mais de 95% dos casos de câncer de próstata já se encontram em fase avançada, segundo a SBU.
Preconceito
Não é possível evitar a doença, mas diagnosticá-la precocemente, sim. Chances de cura neste caso são de cerca de 90%. Mas obstáculos ainda são muitos. “A falta de acesso a especialistas, principalmente na rede pública é um dos problemas mais graves”, ressalta Nogueira. O especialista aponta também outro obstáculo relevante, e que afeta qualquer classe social: o preconceito. “Alguns homens dizem que preferem morrer a fazer o exame, acham que vão perder a virilidade”.