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Foi picado pelo Aedes aegypti? Saiba como o corpo reage ao mosquito

O diagnóstico não é fácil. Transmitidas pelo mesmo vetor – o mosquito Aedes aegypti – e com sintomas muito parecidos, as doenças dengue, zika e chikungunya, que andam preocupando a população de todo o país e especialistas da área da saúde, difereciam-se por detalhes perceptíveis no corpo.

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Geralmente, todas causam febre, dor de cabeça, dores nas articulações, mal-estar e exantema (manchas vermelhas pelo corpo), como explica o médico infectologista Talib Moysés Moussalem. “Os sintomas, de maneira geral, são semelhantes, o que, na fase inicial, dificulta o diagnóstico. Mas há algumas variações que diferenciam essas doenças e podem ajudar a detectá-las com mais precisão”.

 

Intensidade de febre

Uma das diferenças está na intensidade da febre, por exemplo. Na dengue e na chikungunya, a temperatura sobe mais, geralmente acima de 39ºC, do que no zika, que quase sempre causa febres mais brandas ou mesmo nem provoca febre. Já o exantema é mais intenso no zika.

No caso da chikungunya, um diferencial importante é a dor bastante intensa, quase insuportável, nas articulações, e que pode permanecer por meses, ou até anos, após o diagnóstico. Segundo dados do Instituto Pasteur, um estudo sobre os casos ocorridos na África do Sul mostra que pacientes ainda sofriam dores intensas de três a cinco anos após a infecção aguda.

Um outro ponto destacado pelo especialista é a diferença entre a dengue clássica e a grave (não se usa mais o termo hemorrágica). “É preciso estar atento a algumas peculiaridades no caso da dengue grave. Queda de pressão, tonteiras, dores abdominais, sangramentos pequenos ou grandes, como nasal e intestinal, associados aos demais sintomas conhecidos da dengue clássica, fazem soar o alerta de que pode ser a doença do tipo grave”, enfatiza.

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O infectologista explica ainda que, entre as três doenças transmitidas pelo Aedes, a dengue é a que traz mais risco de morte aos pacientes. “Mas as três exigem cuidados e atenção porque podem levar a complicações, principalmente nas crianças e nos idosos; e, no caso do zika, a mulheres grávidas e seus bebês”, pontua. Talib afirma que o diagnóstico clínico feito pelo médico é o primeiro passo na busca pelo tratamento imediato e mais adequado.

aedes aegypti

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