Estilo de Vida

Uno chega à linha 2017 com novos motores e bom pacote tecnológico

As similaridades entre Uno e Mobi, a princípio, serviram como tentativa para alavancar as vendas do pequenino modelo lançado em abril deste ano. No seu lançamento o Mobi chegou a ser chamado de “Mini-Uno”. Depois de críticas, a fabricante minimizou a declaração, deu novo enfoque ao veículo, e tratou de fazer mudanças tecnológicas e retocar o estilo do Uno velho de guerra (no mercado desde 1984, com nova geração nascida em 2010) para distanciá-lo do novato.

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O Uno 2017 agora parte de R$ 41.840, quase R$ 2 mil a mais que seu predecessor, na versão Attractive 1.0 e chega até os R$ 53.690 na configuração Sporting 1.3 equipada com câmbio Dualogic.

São duas novas opções de motorização que substituem os antiquados Fire (que seguem equipando Palio e Mobi); incluindo o tão aguardado 1.0 tricilíndrico do grupo FCA. O hatch também ficou mais tecnológico, ganhando controles de tração e estabilidade, sistema antideslizamento e assistente de partida em aclives. A Fiat também deu uma leve mudança no visual do modelo – que já havia passado por reestilização em 2014. Com nova grade e para-choques, a dianteira mudou sem abdicar da identidade. No interior, a novidade vem nos grafismos para o quadro de instrumentos.

A nova família de motores promete ao consumidor mais eficiência e confiabilidade. Produzidos na planta da montadora em Betim, Minas Gerais, os propulsores Firefly (que receberam tal alcunha para remeter aos antigos Fire) 1.0 tricilíndrico e 1.3 de quatro cilindros aspirados têm significativa taxa de compressão de 13,2:1, favorecendo a queima do etanol.

O sistema de partida a frio deixa de lado o famigerado tanquinho e o condutor tem de dar aquela pisada na embreagem (agora semi-hidráulica) a fim de ligar o veículo. A dupla conta também com cabeçote de duas válvulas por cilindro. A solução é datada, mas a Fiat assume os riscos e afirma que seus motores são de excelência sem par nesta configuração e adotou tal medida para oferecer força máxima em baixas rotações. Vale frisar que os tricilíndricos presentes no mercado nacional têm quatro válvulas por cilindro.

Em termos de potência e torque os novos motores mostram ao que vieram. O 1.0 entrega 72cv de potência quando abastecido com gasolina e 77cv no álcool a 6.000 rpm. Contudo, 10,4/ 10,9 kgfm de torque são entregues na casa das 3.250 rpm. Já o 1.3 rende 101/ 109 cv de potência a 6.250 rpm e 13,7/ 14,2 kgfm, com gasolina e álcool respectivamente.

O Fire 1.0 atingia 73/ 75 cv e 9,5/ 9,9 kgfm e o propulsor 1.4 8V do Chevrolet Onix, por exemplo, gera 106 cv e 13,9 kgfm quando abastecido com etanol. Na transmissão nenhuma alteração. As opções ainda são a manual de cinco velocidades (com relação de diferencial mais alongada) e a automatizada Dualogic com seletor de teclas.

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Conduzindo

A reportagem do Auto Papo testou as versões 1.0 Way e Sporting 1.3. No 1.0, o tricilíndrico aspirado faz o compacto rodar com desenvoltura no ciclo rodoviário e em vias urbanas. Quanto ao Sporting, parece que finalmente a versão poderá gozar de sua alcunha. O motor 1.3 rendeu muito bem na estrada e a suspensão – 1 cm mais baixa que nas outras configurações e com amortecedores de maior carga – ajuda a propiciar condução esperta.

Itens

O Uno 2017 oferece pacote razoavelmente generoso de itens. Tudo bem que os opcionais ainda são caros (o Sporting 1.3 Dualogic, com todas as plumas e paetês, pode sair por quase R$ 60 mil), mas o que vem de série agrada.

Ar condicionado, faróis de neblina, direção assistida eletricamente, vidros elétricos dianteiros com one touch, trava elétrica nas portas, computador de bordo e comandos no volante para o controle das funções já estão presentes desde o Attractive 1.0 – que responderá, segundo a fabricante, pela maior fatia do mix de vendas do modelo.

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