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Três advertências que Stephen Hawking fez sobre o futuro humanidade antes de morrer

Reprodução / Reuters

Stephen Hawking, um dos físicos e pesquisadores mais reconhecidos desde Albert Einstein, era uma importante autoridade para o mundo científico atual.

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Antes de falecer na madrugada desta quarta-feira (14), o autor de importantes teorias sobre a criação do universo e os buracos negros deixou ao mundo três avisos importantes sobre o futuro da humanidade: um relacionado ao aquecimento global, o outro sobre o risco da inteligência artificial e o último advertindo o contato com a vida extraterrestre.

Aquecimento Global

«Estamos perto do ponto em que o aquecimento global se tornará irreversível», advertiu o físico britânico em julho passado.

Em uma entrevista para à BBC, ele criticou a decisão de Donald Trump de retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris, afirmando que essa atitude «poderia empurrar a Terra para o abismo, para se tornar algo como Vênus, com temperaturas de mais de 250 graus e chuvas de ácido sulfúrico».

O pesquisador de 76 anos definiu a mudança climática como «a maior ameaça» para a humanidade e pediu ação imediata. «Ao negar a evidência e sair do Acordo de Paris, Trump inevitavelmente causará danos ambientais ao nosso belo planeta, colocando o mundo natural em risco, para nós e para os nossos filhos», lamentou.

Inteligência artificial

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«O desenvolvimento de uma inteligência artificial total (AI) pode levar ao fim da raça humana». Foi assim que Hawking se manifestou sobre o desenvolvimento recente de sistemas de inteligência artificial, um dos temas mais controversos em pesquisa tecnológica.

«Os computadores podem, em teoria, imitar a inteligência humana e até mesmo excedê-la», advertiu o teórico, enfatizando que nossa capacidade intelectual é limitada.

«A criação bem-sucedida de uma IA efetiva pode ser o maior evento da história da nossa civilização, ou o pior, nós simplesmente não sabemos, então não podemos saber se seremos infinitamente auxiliados pela AI ou se nós seremos ignorados e marginalizado, ou possivelmente destruído por ela», completou.

Hawking pediu uma forte preparação para enfrentar os riscos potenciais e evitá-los. Segundo ele, a inteligência artificial «poderia ser o pior evento da história da nossa civilização, trazendo perigos, como poderosas armas autônomas, ou novas maneiras para que alguns oprimam a muitos, isso poderia trazer grandes distorções à nossa economia», acrescentou.

Ainda assim, ele observou que existe certo otimismo em poder usar o progresso para melhorar alguns aspectos da vida humana. «Eu acho que isso pode funcionar em harmonia conosco, precisamos estar conscientes dos perigos, identificá-los, aplicar as melhores ações possíveis e nos prepararmos para as suas consequências com bastante antecedência», afirmou.

 Vida extraterrestre

O cientista se mostrou contra a tentativa de entrar em contato com civilizações alienígenas e explicou este ponto de vista com um exemplo bem simples: «Se os alienígenas nos visitarem, o resultado poderia ser como quando Colombo chegou à América, o que não foi bom para os nativos americanos», disse ele.

Apesar de ser um dos temas mais interessantes, a existência de uma vida inteligente fora da Terra poderia arriscar a humanidade, de acordo com a perspectiva de Hawking.

«Se assim for, eles serão muito mais poderosos e não nos verão como algo mais valioso do que uma bactéria», mencionou o físico, que acreditava que os extraterrestres poderiam ver os habitantes da Terra como uma raça inferior, pronta para ser conquistada.

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