Um estudo norte-americano fez um alerta importante sobre o consumo de maconha durante o período de amamentação. A análise concluiu que substâncias químicas presentes na droga, como o THC (tetrahidrocanabinol), podem permanecer no leite materno por até seis dias depois do uso.
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A maconha é a droga ilegal mais usada entre mulheres grávidas e que amamentam. Embora pesquisas anteriores sugiram que a exposição pré-natal à maconha pode prejudicar o crescimento fetal e o desenvolvimento do cérebro, ainda não se sabe os efeitos da maconha nos bebês pela amamentação.
Para o estudo atual, os pesquisadores testaram 54 amostras de leite de mulheres que amamentam e disseram usar maconha. Uma forma de THC foi encontrada em 34 amostras até cerca de seis dias depois que as mulheres relataram o uso de maconha pela última vez.
Apesar do resultado, a autora do estudo Christina Chambers, da Universidade da Califórnia em San Diego, explica que ainda não foi possível entender quão prejudicial o THC e outros subprodutos químicos da maconha podem ser para os bebês.
«Há certa urgência em encontrar essa resposta porque um número crescente de mulheres está usando maconha durante a gravidez e a amamentação», disse Chambers.
Não há limite seguro
Segundo a Dra. Sheryl Ryan, do Centro Médico Milton S. Hershey, da Universidade Estadual da Pensilvânia, mais mulheres podem estar usando maconha durante a amamentação porque usaram antes da gravidez.
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As mulheres em idade reprodutiva precisam saber que não está claro como a exposição ao THC pode afetá-las ou a seus bebês, além de serem aconselhadas a evitar a maconha durante a amamentação, de acordo com as recomendações da Academia Americana de Pediatria (AAP), publicadas em conjunto com o estudo.
«O que é recomendado é que as mulheres amamentem, mas se abstenham de usar produtos de maconha durante a amamentação», disse Ryan, também autor das recomendações da AAP. “Ainda não sabemos se a quantidade de THC que uma criança recebe por meio do leite materno é segura e, na ausência de dados de segurança, recomendamos que se abstenha”.