Os brasileiros estão dormindo mal, e os números assustam: 75% da população se queixa de problemas relacionados ao sono — dados da Associação Brasileira do Sono (ABS). Ao lado da insônia, uma das principais causas das noites mal dormidas é a apneia do sono, caracterizada por paradas respiratórias de pelo menos dez segundos durante o descanso.
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O distúrbio atinge cerca 40% dos brasileiros. A estimativa, porém, é de um número enorme de portadores ainda não diagnosticados. Isso é grave. Quem sofre de apneia tem a diminuição da oxigenação no sangue e no cérebro. A pessoa não chega a todos os estágios do sono, não descansa e tem a produção dos hormônios desregulada. Resultado: maior risco de ter hipertensão, diabetes, colesterol alto, AVC ou enfartar.
Até pouco tempo atrás, o melhor caminho para diagnosticar a apneia era a polissonografia, exame que que mede a atividade respiratória, muscular e cerebral (além de outros parâmetros) durante o sono. Em geral, a pessoa passa a noite em um laboratório, monitorizada por câmeras, com sensores e fios conectando seu corpo a um aparelho. Um computador analisa as informações que descrevem em detalhes como é seu descanso. A questão é que, se a pessoa já tem dificuldade para dormir ou dorme mal em casa, imagina fora da rotina, em um local diferente, com fios presos ao corpo…
Daí a importância desse novo dispositivo, o Monitoramento Digital da Apneia do Sono (MDAS), que acompanha o sono sem a necessidade de fios e cabos.
«Para fazer o exame, o paciente leva um sensor sem fios para casa e o prende em um dos dedos da mão durante o sono. As informações captadas são transmitidas para o celular do paciente por tecnologia wireless (sem fio), via bluetooth e registradas por um aplicativo gratuito. O programa cria um relatório que pode ser acessado pelo médico”, conta o médico Geraldo Lorenzi Filho, diretor do Laboratório do Sono da disciplina de pneumologia do InCor (Instituto do Coração) da Universidade de São Paulo. Lorenzi é consultor científico da Biologix, start up que desenvolveu o projeto do MDAS, em parceira com o InCor.
Lorenzi explica que o MDAS é um exame mais simples que a polissonografia, que analisa mais de 16 parâmetros. «Mas ele registra o parâmetro mais importante, que é o nível de oxigênio do sangue com oxímetro de alta resolução”, diz Lorenzi. Além da simplificar o processo, outras vantagens são a possibilidade de o exame ser repetido algumas vezes, para reforçar o diagnóstico e o custo menor. O MDAS está disponível com exclusividade na rede de laboratórios Alta Diagnósticos por cerca de 300 reais e é oferecido também em algumas clínicas particulares.
Será que é o seu caso?
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O exame é indicado nos casos de suspeita de apneia do sono. Acontece que nem sempre a pessoa percebe que tem o problema, pois não se dá conta dessas interrupções da respiração.
Fique atento aos sintomas:
- ronco alto
- cansaço e sensação de sono não reparador
- sonolência diurna
- irritabilidade
- aumento de peso
- diminuição da libido
- diminuição de memória
- diminuição de velocidade de raciocínio e da produtividade
Ficou na dúvida? Fale com o seu médico.