O triste episódio do ex-segurança americano George Floyd, de 40 anos, que morreu no último dia 25 de maio após ser imobilizado por um policial branco, na cidade de Minneapolis, levantou uma onda de protestos nos Estados Unidos. Na última semana, manifestações contra o racismo foram registradas em diferentes partes do território americano – e do mundo.
A gravidade do caso chamou a atenção para um fato lamentável: a discriminação racial persiste no mundo – e é preciso combatê-la desde a infância. Não por acaso, muitos pais fizeram questão de levar os filhos aos protestos, como se pode ver na cobertura veiculada pelas emissoras de TV. No cotidiano das crianças brasileiras, a discriminação racial se reflete nos números da desigualdade entre negros, indígenas e brancos.
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O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) lançou dez anos atrás a campanha “Por uma infância sem racismo”, que aborda os impactos desse mal para crianças e adolescentes e destaca a necessidade de uma mobilização social que garanta o respeito à diversidade étnica e racial desde a infância.
Como pais podem educar as crianças para combater o racismo e para que não sejam racistas? As dicas para uma infância sem racismo são do próprio Unicef.
Veja 10 formas de educar as crianças para combater o racismo:
1. Eduque as crianças para o respeito à diferença. Ela está nos tipos de brinquedos, nas línguas faladas, nos vários costumes entre os amigos e pessoas de diferentes culturas, raças e etnias. As diferenças enriquecem nosso conhecimento.
2. Textos, histórias, olhares, piadas e expressões podem ser estigmatizantes com outras crianças, culturas e tradições. Indigne-se e esteja alerta se isso acontecer – contextualize e sensibilize!
3. Não classifique o outro pela cor da pele; o essencial você ainda não viu. Lembre-se: racismo é crime.
4. Se seu filho ou filha foi discriminado, abrace-o, apoie-o. Mostre-lhe que a diferença entre as pessoas é legal e que cada um pode usufruir de seus direitos igualmente. Toda criança tem o direito de crescer sem ser discriminada.
5. Denuncie! Em todos os casos de discriminação, busque defesa no conselho tutelar, nas ouvidorias dos serviços públicos, na OAB e nas delegacias de proteção à infância e adolescência. A discriminação é uma violação de direitos.
6. Proporcione e estimule a convivência de crianças de diferentes raças e etnias nas brincadeiras, nas salas de aula, em casa ou em qualquer outro lugar.
7. Valorize e incentive o comportamento respeitoso e sem preconceito em relação à diversidade étnica e racial.]
8. Muitas empresas estão revendo sua política de seleção e pessoal com base na multiculturalidade e na igualdade racial. Procure saber se o local onde trabalha participa também dessa agenda. Se não, fale disso com seus colegas e supervisores.
9. Órgãos públicos de saúde e de assistência social estão trabalhando com rotinas de atendimento sem discriminação para famílias indígenas e negras. Você pode cobrar essa postura dos serviços de saúde e sociais da sua cidade. Valorize as iniciativas nesse sentido.
10. As escolas são grandes espaços de aprendizagem. Em muitas, as crianças e os adolescentes estão aprendendo sobre a história e a cultura dos povos indígenas e da população negra; e como enfrentar o racismo. Ajude a escola de seus filhos a também adotar essa postura.
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