Não é de hoje que a ciência conhece os benefícios do canabidiol (CBD) na indústria cosmética. Esse ativo extraído da planta da maconha tem um grande poder antioxidante de acordo com estudos respaldados pela American Academy of Dermatology. “Por isso, ele é indicado para tratamento de acne, rosácea e o envelhecimento relacionado ao processo inflamatório. Além disto, estudos mostram uma ação do CBD no tratamento de dermatites e psoríase, diminuindo o desconforto por desacelerar a inflamação e o prurido”, explica a médica Fernanda Chauvin, farmacêutica bioquímica especialista em dermatocosmética, em entrevista à revista Marie Claire.
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Porém, há uma confusão em torno da nomenclatura usada pela indústria cosmética e suas estratégias de marketing e vendas. É o óleo de cânhamo, planta da mesma espécie da maconha, que realmente está presente na grande maioria dos cosméticos produzidos no mundo. Essa substância é o famoso canabidiol (CBD), de consistência líquida e gordurosa, presente nos cosméticos e que não ocasiona efeitos psicoativos, jé que contém pouco ou quase nulo outro canabinóide responsável pelas sensações distintas, o tetra-hidrocanabinol (THC).
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Marcas conhecidas mundialmente quando o assunto é skincare, The Body Shop e Kiehl’s por exemplo, apostam em cosméticos com canabidiol para peles mais sensíveis. A primeira tem uma linha inteira, desde cremes para as mãos até manteiga corporal, com esse ingrediente. Mas essa linha não é vendida no Brasil.
Sobre os benefícios do CBD, outros estudos indicam que a substância também tem ação eficaz para o tratamento da alopecia, já que tem função anti-inflamatória. “Por combater os radicais livres, o CBD ajuda a suavizar ruguinhas. E, no caso da acne, o canabidiol tem uma atividade indireta microbiana, porque, ao diminuir o processo inflamatório, diminui a ação bacteriana. O CBD é considerado o ‘próximo ingrediente de beleza funcional’ e terá um impacto na indústria cosmética assim como a Vitamina C e o Ácido Hialurônico tiveram.”, explica Fernanda Chauvin.