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Você sabe o que é parto humanizado? Veja a diferença entre os tipo de parto

Médicos especialistas falam dos cuidados e riscos de cada um deles

Quando as mulheres descobrem que estão grávidas, entre as diversas preocupações que surgem, uma delas é o tipo de parto que será realizado. Entre os mais conhecidos estão o cesáreo e o normal. Contudo, outro tipo de parto que vem sendo discutido atualmente é o humanizado.

Para entender as diferenças, a Profa. Dra. Marisa Brunherotti, responsável pelo Laboratório de Estratégias em Promoção da Saúde (LabLEP´S) da Universidade de Franca, e a Profa. Dra. Elisabete Dair, ginecologista, docente do curso de Medicina da instituição dão algumas explicações.

Cesárea

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De acordo com as professoras, a cesariana é um tipo de parto cirúrgico, onde é realizada uma incisão na região abdominal ou pélvica. Elisabete explica que essa opção é mais indicada quando há risco para mãe ou para o bebê. “Fetos muito grandes, posições fetais anômalas ou mesmo quando há cirurgias uterinas prévias que podem levar ao risco de ruptura uterina durante as contrações do trabalho de parto são alguns exemplos em que a cesárea é indicada”, diz a doutora.

Já a doutora Marisa diz que para esse parto é necessário a indicação clínica, mas também o aceite da gestante. “É muito importante a introdução precoce da educação reprodutiva, para que gere o empoderamento e consciência sobre as decisões de parto de forma segura e protetiva para a mãe e bebê”, diz.

Normal

Esse parto é feito via vaginal, onde a mulher entra em trabalho espontaneamente ou induzido. Ele é composto de fases: a insinuação fetal, descida, desprendimento fetal e após ocorre a saída da placenta. “Essa deve ser a primeira opção para o nascimento do feto, mas essa decisão envolve diversos fatores, como por exemplo, a saúde e o bem-estar do bebê, a presença de doenças pré-existente ou alterações que surgiram durante a gestação, o tamanho do bebê também deve ser considerado, além de o desejo materno”, orienta Elisabete.

Também é possível que seja feito uma incisão através de uma episiotomia, realizada na região médio-lateral da vulva durante o parto.  “Atualmente, a episiotomia só é realizada com o consentimento materno, quando o feto é muito grande e está demorando para nascer por causa do períneo”, explica.

O parto normal tem benefícios tanto para a mãe quanto para o bebê. Entre eles estão um menor risco de infecção, recuperação física mais rápida para a mãe e amamentação facilitada nas primeiras horas.

Marisa diz que é importante que, para essa escolha, a gestante busque informações referentes ao processo de gestação, pois ela precisa estar preparada fisicamente e psicologicamente na hora do parto.

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Humanizado

O termo engloba vários aspectos, mas segundo as doutoras, está relacionado principalmente à participação da gestante de uma forma ativa e consciente nas decisões e intervenções realizadas durante todo o trabalho de parto.

“É importante que a gestante durante o pré-natal tenha acesso a todas as informações possíveis sobre o parto para que possa realizar as decisões conscientemente. Os desejos da gestante são considerados, tendo como objetivo evitar muitas intervenções e que o bebê possa nascer da maneira mais natural possível, sem experiências traumatizantes e geralmente há um envolvimento da família”, explica a professora Elisabete Dair.

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A doutora Marisa ainda enfatiza que o parto humanizado é um processo que envolve empatia, respeito às questões culturais e dignidade, protegendo fisicamente e emocionalmente a mãe e o bebê. “A experiência do parto teve ser compartilhada entre a família e a equipe de saúde, para que os direitos materno-infantil sejam garantidos”.

Principais riscos e cuidados pós-parto

Entre os principais riscos durante e pós-parto estão o sangramento e infecções. “Na primeira hora após o parto o risco de sangramento é maior, desta forma, é necessária uma vigilância maior nesse período, outro ponto importante é o estímulo precoce à amamentação. Deve-se estimular a realização de caminhadas, assim que permitido, para evitar fenômenos tromboembólicos. A cicatriz de cesárea ou mesmo a episiotomia devem ser mantidas limpas e secas”, orienta Elisabete.

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Para a Marisa Brunherotti é necessária uma boa orientação entre a equipe de saúde para que haja menos riscos. “É importante a rede de apoio, que proporciona condições para a mãe cuidar do seu bebê e ser cuidada”.

Para finalizar, as docentes falam sobre a necessidade de empoderamento dos parceiros em relação ao nascimento do bebê. “A saúde materno-infantil é protegida com o seguimento adequado do pré-natal ao pós-parto, no Brasil é assegurado à mulher o direito ao planejamento reprodutivo e à atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério, bem como à criança o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e ao desenvolvimento saudáveis”, complementam as professoras Marisa e Elisabete.

Para saber mais sobre a gestação, leia a cartilha da Unifran sobre Gestante: Direito, Saúde e Educação, disponibilizada pelas professoras.

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