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A luz misteriosa detectada por telescópio da NASA em Júpiter que impactou cientistas

Crédito (Reprodução NASA)

Os cientistas estudam Júpiter de perto desde a década de 1970, mas o gigante gasoso ainda está cheio de mistérios. E novas observações do observatório espacial NuSTAR da NASA revelaram a luz de maior energia já detectada no grande planeta, como detalhado pela instituição, por meio de comunicado.

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A luz, na forma de raios-X que o NuSTAR pode detectar, também é a luz de maior energia já detectada de um planeta do sistema solar que não a Terra.

Os raios X são uma forma de luz, mas com energias muito mais altas e comprimentos de onda mais curtos do que a luz visível que os olhos humanos podem ver.

O poderoso campo magnético de Júpiter acelera essas partículas e as canaliza em direção aos pólos do planeta, onde colidem com sua atmosfera e liberam energia na forma de luz.

Como detalhado pela NASA, os elétrons de Io também são acelerados pelo campo magnético do planeta, de acordo com observações da sonda Juno, que chegou a Júpiter em 2016.

Os pesquisadores suspeitavam que essas partículas deveriam produzir raios-X de energia ainda mais alta do que Chandra e XMM-Newton observaram. Com isso, NuSTAR é o primeiro observatório a confirmar essa hipótese.

Os pesquisadores enfrentaram vários obstáculos para fazer a detecção do NuSTAR: por exemplo, as emissões de alta energia são significativamente mais fracas do que as de baixa energia.

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Mas nenhum dos desafios poderia explicar a não detecção do Ulysses, uma missão conjunta entre a NASA e a ESA que era capaz de detectar raios-X de energia mais alta que o NuSTAR. A espaçonave Ulysses foi lançada em 1990 e, após várias extensões de missão, operou até 2009.

A solução para esse quebra-cabeça, de acordo com o novo estudo, está no mecanismo que produz os raios-X de alta energia. A luz vem dos elétrons energéticos que Juno pode detectar, mas existem vários mecanismos que podem fazer com que as partículas produzam luz.

Como detalhado pela NASA, sem uma observação direta da luz que as partículas emitem, é quase impossível saber qual mecanismo é responsável.

A luz misteriosa detectada por telescópio da NASA em Júpiter que impactou cientistas

“Neste caso, o culpado é algo chamado emissão bremsstrahlung. Quando os elétrons em movimento rápido encontram átomos carregados na atmosfera de Júpiter, eles são atraídos pelos átomos como ímãs. Isso faz com que os elétrons desacelerem rapidamente e percam energia na forma de raios X de alta energia”, detalhou.

Ainda de acordo com as informações, ao estudar Júpiter, os pesquisadores podem revelar detalhes de fontes distantes que ainda não podemos visitar.

Crédito (Reprodução NASA)

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