A vocalista da banda de forró Calcinha Preta, Paulinha Abelha, teve diagnóstico de morte encefálica atestado na noite desta quarta-feira, após vários dias em coma profundo em um hospital de Aracaju.
De acordo com o último boletim médico, “nas últimas 24 horas ela apresentou importante agravamento de lesões neurológicas, constatadas em ressonância magnética, e associada a coma profundo. Foi então iniciado protocolo diagnóstico de morte encefálica, que confirmou hipótese após exames clínicos e complementar específicos”, disse o comunicado.
O que é morte encefálica?
Segundo os protocolos médicos, a morte encefálica é definida como perda completa e irreversível das funções do encéfalo, responsável pelo comando de todas as atividades do organismo.
Formam o encéfalo o cérebro, cerebelo e tronco encefálico. Esse conjunto controla a respiração e todas as funções essenciais do corpo humano.
Como é diagnosticada a morte encefálica?
O diagnóstico de morte encefálica é dado quando há ausência de todas as funções neurológicas
A norma exige três pré-requisitos para a constatação de morte encefálica:
- coma com causa conhecida e irreversível;
- ausência de hipotermia, hipotensão ou distúrbio metabólico grave;
- exclusão de intoxicação exógena ou efeito de medicamentos psicotrópicos.
Qual a diferença entre morte encefálica e coma?
O coma é caracterizado por um estado profundo de perda da consciência, onde o paciente mantém os olhos fechados, não ouve e não responde a estímulos internos e externos. Mas o cérebro continua enviando sinais elétricos para o corpo e mantém os sistemas básicos de sobrevivência do corpo. O coma pode ser reversível, de acordo com o grau de comprometimento cerebral.
Já na morte cerebral não existe mais nenhuma atividade elétrica no cérebro, apesar do corpo continuar respirando e sendo alimentado por aparelhos . Os casos de morte cerebral são irreversíveis.
As pessoas diagnosticadas com morte cerebral são consideradas legalmente mortas e podem ter os aparelhos que as mantém “vivas’ desligados.