A campanha Março Azul Marinho utiliza o mês de março para conscientização contra o câncer colorretal, principalmente sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoce.
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Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), é estimado que no triênio 2020-2022 haja 20.520 casos da doença em homens e 20.470 em mulheres em cada ano. A neoplasia está na lista dos três tipos de câncer que mais atingem os brasileiros, causando aproximadamente 20.578 mil óbitos em 2020.
A maior incidência da enfermidade é a partir dos 50 anos, podendo aumentar com o avanço da idade. O tumor colorretal se desenvolve no intestino grosso, também chamado de cólon, ou em sua porção final, no reto.
O principal tipo de tumor colorretal é o adenocarcinoma. Em 90% dos casos, ele se origina a partir de pólipos na região que, se não identificados e removidos, podem sofrer alterações ao longo dos anos, tornando-se cancerígenos.
De acordo com o Dr. Artur Ferreira, oncologista da Oncoclínicas em São Paulo, é muito importante que a população conheça os sinais do câncer colorretal e procure por um especialista o quanto antes.
“Apesar da doença muitas vezes ser silenciosa, o paciente deve observar se há alteração nos hábitos intestinais, como constipação, diarreia, ou estreitamento do calibre das fezes, ausência da sensação de alívio após a evacuação, como se nem todo conteúdo fecal fosse eliminado, sangue nas fezes, cólicas, dor abdominal, perda de peso sem motivo aparente, fraqueza e sensação de fadiga”, explica.
Prevenção
É possível observar uma relação do câncer com hábitos alimentares, além de condições prévias. O oncologista dá algumas orientações.
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“Deve-se investir em uma dieta rica em fibras e uma menor ingesta de carnes vermelhas, processadas, praticar atividades físicas, evitar bebidas alcoólicas e tabagismo e manter um peso saudável. Além disso, é importante investigar se o paciente possui doenças inflamatórias intestinais crônicas, como a doença de Crohn ou colite ulcerativa, além do histórico familiar de casos de câncer colorretal”, explica Artur Ferreira.
Diagnóstco
“Além do exame físico, para confirmar o diagnóstico, deve ser solicitado o exame de colonoscopia para a realização da biópsia de áreas suspeitas. Uma vez confirmado o diagnóstico, exames como a tomografia computadorizada, ressonância magnética, exames de sangue e, em alguns casos, o PET SCAN, devem ser realizados”, comenta.
Com os exames é possível analisar o estádio que o câncer está classificado e se existe o comprometimento de outros órgãos.
Tratamento
- Tratamentos locais (cirurgia, radioterapia, embolização e ablação): agem diretamente no tumor primário ou em metástases isoladas, sem afetar o restante do corpo. Portanto, podem ser indicados tanto nos casos iniciais quanto nas fases mais avançadas da doença.
- Tratamentos sistêmicos (quimioterapia, imunoterapia ou terapias-alvo): Podem ser realizados por drogas orais (comprimidos) ou endovenosas (na veia), aplicando diretamente na corrente sanguínea. Também podem ser indicados tanto nos casos precoces quanto avançados da doença
Na maioria dos casos, felizmente o câncer colorretal é potencialmente curável. No entanto, é essencial que o diagnóstico aconteça precocemente, aumentando assim o sucesso do tratamento. “A equipe multidisciplinar irá avaliar cada caso à parte, adotando quais serão as estratégias e opções disponíveis para o paciente”, comenta o oncologista da Oncoclínicas em São Paulo.
“Diferentemente do câncer de mama, por exemplo, onde a doença é identificada geralmente em fase inicial com os exames de rotina, o tumor colorretal pode ser descoberto na fase pré-cancerosa com a colonoscopia. A boa notícia é que quando as lesões são precocemente removidas, o aparecimento do câncer pode ser evitado”, finaliza.