Trabalho, relacionamentos, moradia, problemas sociais... Cada geração enxerga e vive a vida e um contexto social. Porém, independentemente da idade, é comum parar para pensar sobre os relacionamentos amorosos. Solteiros ou não, uma dúvida recorrente que surge é: ‘eu realmente preciso de um parceiro para ser feliz?’
ANÚNCIO
De acordo com a ciência, relacionamentos românticos contribuem para o bem estar e a saúde das pessoas, mas as opiniões se diferem no quanto as pessoas acham que o romance é importante para a própria felicidade.
Milennials
Conforme informado pelo site Psychology Today (em inglês), cada geração nasce em um contexto e experimenta diferente condições de vida, com valores, discernimentos e questões sociais diferentes da geração passada.
Em comparação com as gerações anteriores, os millennials (ou geração Y, que nasceram de 1981 a 1999) tendem a ser mais individualistas e podem refletir de forma mais crítica sobre as estruturas sociais e românticas em que seus pais e avós viviam.
Isso é refletido na preferência de formatos de relacionamentos, onde o casamento e a construção de famílias até podem ser opções, mas não mais obrigação.
LEIA TAMBÉM: Casal diz não brigar há 30 anos e compartilha suas principais dicas de relacionamento
Necessidades
O psicólogo Abraham Maslow publicou em 1954 uma teoria que categoriza a hierarquia de necessidades: começando pelas necessidades de segurança e sobrevivência, às necessidades de pertencimento e amor, às necessidades de estima, a categoria final são as necessidades de autorrealizaçãoe desenvolvimento pessoal.
ANÚNCIO
Na prática, isso expressa as maneiras como os jovens e adultos se iniciam, desenvolvem e terminam seus relacionamentos. O espaço para o seu próprio desenvolvimento é priorizado, por isso existe a preferência de viver em lares separados ou com relacionamentos cada vez menos duradouros.
Os relacionamentos românticos são importantes para a felicidade?
Pesquisadores usaram dados do Painel Socioeconômico Alemão (SOEP), iniciado em 1984. Adolescentes de 17 anos responderam o questionamento: “Você acredita que é preciso um parceiro para ser verdadeiramente feliz, ou você acredita que pode ser igualmente feliz ou mais feliz sozinho?”
Ao longos dos anos, um total de 4.540 adolescentes responderam a essa pergunta. No ano 2000, quase 78% dos adolescentes achavam que precisavam de um parceiro para serem felizes, enquanto esse número caiu para 48% em 2015. Assim, quanto mais tarde os adolescentes nasciam, menor era a probabilidade de afirmarem que um parceiro foi importante para a sua felicidade pessoal.
Ou seja, Estar em um relacionamento romântico pode ser um ingrediente importante para uma vida feliz e gratificante. Ao mesmo tempo, nas últimas gerações, as trajetórias de relacionamento e os formatos de vida tornaram-se mais diversificados, e estar em um relacionamento não é mais uma condição necessária para a felicidade – pelo menos entre as pessoas da Geração Y.