Mesmo revisando as fotos do seu casamento, caso Lauren Nicole Jones, uma mulher de 33 anos do Reino Unido, não soubesse que ela era de vestido branco na celebração, ela poderia dizer que é qualquer pessoa.
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Diariamente, Lauren enfrenta uma doença rara que a impede de reconhecer a família, os amigos e até a si mesma quando se olha no espelho. “Tento lidar com isso com humor e algumas coisas muito engraçadas aconteceram comigo, como passar 40 minutos conversando com a pessoa errada em uma videochamada ou confundir um ex-namorado com outra pessoa”, explicou ela ao jornal Mirror.
“Houve momentos em que olhei para fotos e pensei ‘parece um lugar legal, quando eu fui lá?’ Então percebi que é uma pessoa totalmente diferente “, acrescenta. Lauren faz parte de 2% da população mundial que sofre de prosopagnosia, também conhecida como ‘cegueira facial’. A doença é uma desordem cerebral que não causa desconforto físico, mas tem relação com problemas psicológicos.
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O principal sintoma da prosopagnosia é a incapacidade de reconhecer rostos, mesmo aqueles que estão próximos e são conhecidos, portanto, o dia-a-dia pode ser um desafio. De acordo com a literatura médica, a maioria dos pacientes tem problemas para estabelecer relacionamentos significativos.
“Isso pode afetar sua autoestima e seu senso de competência, naquele sentimento geral de poder funcionar no mundo e com as pessoas”, desabafa a mulher.
Além da origem genética, a cegueira facial é causada principalmente por lesões cerebrais, resultantes de acidentes vasculares cerebrais, tumores, traumas ou infecções. É incurável, por isso os especialistas trabalham para que os pacientes aprendam a reconhecer as características de cada pessoa, como cor do cabelo, cicatrizes, pintas, cor dos olhos, a forma como andam ou se vestem. Isso pode ajudar a identificar com quem estão conversando.