Um levantamento realizado pelo Zenklub, serviço que conecta psicólogos e pacientes online, elencou os seis principais motivos que levam as pessoas a fazer terapia. São eles:
- Ansiedade;
- Autoconhecimento;
- Autoestima;
- Relacionamentos e conflitos familiares;
- Relacionamentos e conflitos amorosos;
- Angústia.
Para chegar aos resultados, a startup analisou um universo de aproximadamente 500 mil sessões de terapia entre janeiro de 2021 e julho de 2022.
As taxonomias autoconhecimento e ansiedade são as mais recorrentes durante as sessões, sendo, em média, as razões de 15% (autoconhecimento) e 10% (ansiedade) das consultas realizadas em julho de 2022.
No mesmo mês do ano passado, o autoconhecimento chegou a ser responsável por 18% dos motivos para a realização das sessões, de acordo com a pesquisa.
Já a ansiedade, teve o seu pico em fevereiro de 2021, chegando a quase 16% dos motivos das consultas. No entanto, quando se analisa o mês de julho de 2022, a ansiedade como origem das sessões teve uma queda de 23%.
Já os demais motivos mencionados, como autoestima, relacionamentos e angústia, representaram, em média, 5% dos motivos para as sessões realizadas, variando entre 7% a 4% durante o período avaliado.
Pandemia como divisor de águas
De acordo com Rui Brandão, CEO e cofundador do Zenklub, a pandemia da covid-19 deu mais abertura para se falar sobre temas relacionados à saúde mental. “Ao mesmo tempo em que o trabalho entrou na casa de muitos e também vivemos períodos de luto, as emoções ficaram mais evidentes e as pessoas passaram a externalizar as dificuldades emocionais e buscar ajuda e autoconhecimento para lidar com as adversidades”, explica.
O especialista também comenta que cuidar da saúde emocional é um caminho sem volta, especialmente no ambiente corporativo. “O número de empresas se abriu para dar suporte emocional para seus colaboradores, mas o índice de bem-estar do trabalhador brasileiro ainda é médio e 64% deles não têm nenhum benefício para cuidar da saúde mental”, aponta. “Claro que as sessões de terapia são apenas o primeiro pilar dessa jornada de bem-estar e da criação de uma cultura que ofereça segurança psicológica para o colaborador, no entanto, é necessário começar por algum lugar em que essas pessoas comecem a colocar para fora o que sentem”, completa.