As doenças cardiovasculares são as mais comuns entre os brasileiros e também a principal causa de morte por aqui. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, o percentual é maior que todos os cânceres juntos, problemas respiratórios, violência e acidentes de trânsito. Estima-se que, pelo menos, 400 mil pessoas venham a óbito por mazelas do tipo ao final de cada ano, o que significa uma morte a cada um minuto e meio.
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A chegada da pandemia da covid-19 agravou ainda mais o cenário, já que devido ao isolamento social, grande parte da população parou de fazer exercícios físicos e adotou uma alimentação pouco saudável. Além disso, a contaminação pelo vírus é uma das causas para o surgimento ou piora de doenças cardiovasculares, como explica Salete Nacif, cardiologista do Hcor.
“Pessoas que contraíram o modo mais agressivo do vírus têm maior chance de desenvolver patologias cardiovasculares após um ano. Por isso, durante as consultas, sempre perguntamos se o paciente já teve coronavírus, pois a doença por si só representa grande risco ao coração”, afirma a especialista.
Doenças mais comuns e tratamentos
Há uma variedade grande de doenças cardiovasculares, mas algumas das mais comuns são as seguintes:
- hipertensão;
- doença arterial coronária;
- infarto agudo do miocárdio;
- acidente vascular cerebral (AVC);
- obstrução das artérias das pernas e das carótidas (vasos que levam o sangue ao cérebro);
- arritmias.
“A insuficiência cardíaca é a fase final de todas as outras doenças cardiovasculares. Para isso, o paciente deve cuidar da pressão arterial, verificar o colesterol, cessar o tabagismo, combater o sedentarismo e controlar o estresse, pois esses são os principais fatores de risco”, explica César Jardim, também cardiologista do Hcor.
Existem ainda os tratamentos específicos para cada enfermidade, que podem abranger medicamentos ou até cirurgias.
Ao sentir cansaço, dor no peito, falta de ar, inchaço nas pernas ou palpitações é fundamental procurar um atendimento cardiológico. No entanto, a maioria das doenças cardiovasculares é silenciosa, não apresentando nenhum sinal para o indivíduo. Por isso, o correto é fazer acompanhamento de rotina.
Caso não haja histórico familiar de doenças cardiovasculares, é recomendado fazer um check-up anualmente a partir dos 40 anos de idade. Do contrário, deve-se visitar o cardiologista com mais frequência: a cada quatro ou seis meses.