Após anos em queda, a fome voltou a crescer no Brasil dos últimos anos. Atualmente, 15,5% da população sofre com a falta de alimentos.
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Isso equivale a 33 milhões de brasileiros em situação de escassez, principalmente nas áreas rurais do Norte e do Nordeste. Os dados são do Instituto DataFolha.
Ao mesmo tempo, o agronegócio vive um ótimo momento, vendendo seus produtos para países como China e Estados Unidos, como mostram os dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Com a alta da exportação, ao mesmo tempo em que a fome também aumenta no país, fica o questionamento: por que tanta gente está passando necessidades no Brasil?
Em entrevista à revista Gama, a historiadora Adriana Salay explicou o motivo para isso. Para ela, manter a população passando fome faz parte de um projeto político do Governo.
“A gente tem um país que exporta muito alimento, mas que não alimenta sua população, porque o objetivo da produção não é alimentar, é vender mercadoria”, apontou ela.
Adriana também acredita que as casas chefiadas por mães ficaram muito mais vulneráveis durante a pandemia de covid-19.
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“Uma parcela das mulheres, por socialmente serem responsáveis por esse trabalho não remunerado da casa, tiveram que deixar o mercado de trabalho para cuidar das crianças que estavam sem escola e sem rede de apoio por esses dois anos”, lembrou.
Para ela, a solução - no caso do Brasil - está na ampliação e fortalecimento de políticas públicas que dá poder de compra à população.
“Ampliação do Auxílio Brasil, do salário mínimo, do PAA [Política de Aquisição de Alimentos]”, enumerou.
Contudo, para o atual governo tudo isso não passa de mentira. Segundo o ministro da Economia Paulo Guedes, “é fake news”.
“Se dos 33 milhões, aparecerem uns 3 milhões, 4 milhões, serão bem recebidos, a gente dá o Auxílio [Brasil]”, disse ele, em entrevista ao programa Pânico.
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