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Fungo infecioso é encontrado na Antártida e cientistas não sabem como ele sobrevive na região

De acordo com a Fiocruz, área ainda pode abrigar outras epidemias.

Cientista recolhe amostras de fungo no solo gelado
Fungo infecioso é encontrado na Antártida e cientistas não sabem como ele sobrevive na região Imagem: reprodução O Globo (Peter Ilicciev/CCS/Fiocruz)

Cientistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) encontraram na Antártida vestígios de um fungo da histoplasmose, um tipo de doença no pulmão.

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Segundo O Globo, as amostras foram encontradas em fezes de pinguins, mas ainda não há informações de como essa infecção chegou até o local, pois ela é mais comum em países tropicais. Os especialistas temem que isso seja um indício da presença de outras bactérias incubadas no local.

O fungo Histoplasma capsulatum foi coletado em uma expedição do Programa Antártico Brasileiro (Proantar) d divulgadas em um estudo da revista Emerging Infectious Diseases, dos Centros de Prevenção e Controle de Doenças dos EUA.

De acordo com o site Tua Saúde, os principais sintomas da doença são:

  • Febre;
  • Calafrios
  • Dor de cabeça;
  • Dificuldade para respirar;
  • Tosse seca;
  • Dor no peito;
  • Cansaço excessivo;
  • Perda de peso;
  • Dor muscular.

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A doença se torna mais grave em pessoas com o sistema imunológico enfraquecimento, como pessoas que fizeram algum transplante, por exemplo. A bactéria é geralmente transmitida por morcegos e pombos, por isso o aparecimento é mais comum em pessoas que passaram por cavernas ou solos de escavações, furacões e deslizamentos. A preocupação dos cientistas está no fato que a Antártida recebe cada vez mais turistas, podendo causar aumento no caso desse tipo de infecção.

“Essa descoberta realça a necessidade de vigilância para agentes emergentes de micoses sistêmicas e sua transmissão entre regiões, animais e humanos na Antártida”, escreveram os pesquisadores. A micologista Luciana Trilles e sua equipe já desconfiavam da presença de fungos no continente em virtude da presença de aves migratórias e seres humanos no local, por isso estavam realizando a pesquisa com os organismos.

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“A minha surpresa maior não foi ter encontrado indícios de que o fungo está lá. O que surpreendeu mais foi a quantidade de amostras positivas. […] Coletaram 20 amostras, das quais cinco apareceram infectadas pelo fungo”, conta a especialista.

Como o fungo sobrevive lá ainda é um mistério, pois esse tipo de material geralmente é encontrado em temperaturas de 18°C a 28°C. A suspeita é que ele esteja sendo levado por aves marinhas, mas a possibilidade dos humanos serem os culpados ou ainda o derretimento do solo devido às mudanças climáticas não são descartadas.

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