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Fungo infecioso é encontrado na Antártida e cientistas não sabem como ele sobrevive na região

De acordo com cientistas da Fiocruz, área ainda pode abrigar outras epidemias.

Cientistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) encontraram na Antártida vestígios de um fungo da histoplasmose, um tipo de doença no pulmão.

Segundo O Globo, as amostras foram encontradas em fezes de pinguins, mas ainda não há informações de como essa infecção chegou até o local, pois ela é mais comum em países tropicais. Os especialistas temem que isso seja um indício da presença de outras bactérias incubadas no local.

O fungo Histoplasma capsulatum foi coletado em uma expedição do Programa Antártico Brasileiro (Proantar) d divulgadas em um estudo da revista Emerging Infectious Diseases, dos Centros de Prevenção e Controle de Doenças dos EUA.

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De acordo com o site Tua Saúde, os principais sintomas da doença são:

  • Febre;
  • Calafrios
  • Dor de cabeça;
  • Dificuldade para respirar;
  • Tosse seca;
  • Dor no peito;
  • Cansaço excessivo;
  • Perda de peso;
  • Dor muscular.

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A doença se torna mais grave em pessoas com o sistema imunológico enfraquecimento, como pessoas que fizeram algum transplante, por exemplo. A bactéria é geralmente transmitida por morcegos e pombos, por isso o aparecimento é mais comum em pessoas que passaram por cavernas ou solos de escavações, furacões e deslizamentos. A preocupação dos cientistas está no fato que a Antártida recebe cada vez mais turistas, podendo causar aumento no caso desse tipo de infecção.

“Essa descoberta realça a necessidade de vigilância para agentes emergentes de micoses sistêmicas e sua transmissão entre regiões, animais e humanos na Antártida”, escreveram os pesquisadores. A micologista Luciana Trilles e sua equipe já desconfiavam da presença de fungos no continente em virtude da presença de aves migratórias e seres humanos no local, por isso estavam realizando a pesquisa com os organismos.

“A minha surpresa maior não foi ter encontrado indícios de que o fungo está lá. O que surpreendeu mais foi a quantidade de amostras positivas. […] Coletaram 20 amostras, das quais cinco apareceram infectadas pelo fungo”, conta a especialista.

Como o fungo sobrevive lá ainda é um mistério, pois esse tipo de material geralmente é encontrado em temperaturas de 18°C a 28°C. A suspeita é que ele esteja sendo levado por aves marinhas, mas a possibilidade dos humanos serem os culpados ou ainda o derretimento do solo devido às mudanças climáticas não são descartadas.

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