Pesquisa feita com crianças de três a sete anos mostrou que aquelas que brincam com outras da sua mesma faixa etária têm uma melhor saúde mental conforme vão crescendo.
ANÚNCIO
O estudo realizado pela Universidade de Cambridge e publicado em junho traz evidências que a “capacidade de brincar entre pares” protege a saúde mental.
A análise foi feita com crianças de três anos que interagiam com os seus pares e como isso refletiu na saúde mental aos setes anos. Foram analisados dados de 1.676 crianças no estudo chamado ‘Crescendo na Austrália’, que acompanha o desenvolvimento de crianças nascidas entre março de 2003 e fevereiro de 2004, e que contaram com informações de habilidades na hora de brincar. Esses dados foram divididos em uma escala de três pontos: 1 ponto para “não faz”, 2 pontos para “faz, porém não bem” e 3 para “faz bem”.
Conforme explicado pelo Crescer, foram analisados áreas como a capacidade de se revezar, seguir jogos e regras e brincar de faz de conta com outras crianças. Também foi observado o tempo de brincadeira, se elas conseguiam “brincar sem parar por mais de 10 minutos revezando seu brinquedo favorito e praticar uma nova habilidade durante a brincadeira por 10 minutos ou mais”.
LEIA TAMBÉM: Professora faz adaptações em álbum de figurinhas para incluir deficientes visuais na brincadeira
Além disso, foram coletados dados sobre as emoções, reações e frustrações das crianças durante a brincadeira, como gritos, irritabilidade; e ataques de birra quando contrariados.
Por último, os pais foram perguntados sobre a interação das crianças com outras no último mês, se eles tiveram problemas para brincar ou não, entre outras interações.
ANÚNCIO
A pesquisa conclui que crianças com mais habilidade para brincar com outras aos três anos de idade possuem menos chances de hiperatividade ao sete anos. Eles também são menos propensos a problemas comportamentais ou dificuldades emocionais.
“A brincadeira entre pares exige que as crianças aprendam a esperar sua vez e apliquem habilidades mentais e o reconhecimento de emoções. Para conseguir brincar com sucesso, a criança deve perceber quem está com vontade de brincar, iniciar ou responder adequadamente a uma abertura lúdica e navegar pelos termos de interação muitas vezes não ditos (por exemplo, não bater com muita força ao brincar de briga). Assim, o jogo entre pares pode fornecer uma oportunidade altamente motivadora para desenvolver essas habilidades sociocognitivas a um nível superior, que pode ser usado em novos contextos, por exemplo, ao fazer novos amigos, resolver disputas com colegas de classe ou manter amizades existentes”, explicam os especialistas da universidade.
⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅
LEIA MAIS:
⋅ Vacinação contra Covid-19, gripe, sarampo e poliomielite segue neste feriado na Capital
⋅ “Mais Você”: Ana Maria Braga emociona os fãs com programa especial
⋅ Funcionária de escola gera polêmica ao assustar crianças com máscara de halloween; vídeo