Muitos cientistas defendem a tese de que Marte já abrigou vida em seu passado remoto, principalmente após ter sido encontrado indícios de que o planeta já teve muita água líquida correndo na sua superfície.
Mas um grupo de pesquisadores levanta agora a possibilidade de que a mesma vida que se desenvolveu em Marte há milhões de anos foi responsável pela morte do planeta.
Após inúmeras simulações em computador, os cientistas levantam a hipótese de que micróbios metanogênicos, que existem na Terra em fontes vulcânicas, podem ter vivido nas profundezas da crosta do planeta vermelho consumindo hidrogênio e dióxido de carbono e exalta metano. Com base nessa hipótese, um modelo foi alimentado com os dados conhecidos sobre esses micro-organismos e as simulações apontam para essa conclusão.
“De acordo com nossos resultados, a atmosfera de Marte mudou muito rapidamente como resultado dessa atividade biológica, provavelmente em algumas centenas ou milhares de anos. Ao consumir hidrogênio da atmosfera, os micróbios esfriaram progressivamente o clima do planeta”, disse Boris Sauterey, pesquisador da Universidade Sorbonne e principal autor do estudo.
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O estudo sugere que a proliferação avassaladora de micro-organismos causou uma mudança climática e provocou uma extinção em massa no planeta.
O clima do planeta vermelho atualmente é extremamente frio e seco e sua atmosfera é muito fina para abrigar qualquer tipo de vida, mas dados de rovers enviados pela Nasa mostram evidências da existência de rios e lagos e é muito provável que o planeta já tenha abrigado imensos oceanos, como a Terra.
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Embora o modelo apresentado pelos pesquisadores seja plausível e existem evidências de que a vida microbiana poderia proliferar, nenhuma evidência conclusiva foi encontrada pelos rovers sobre a existência de vida em Marte. (Fayer Wayer)