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Outubro Rosa: Especialista esclarece 8 mitos sobre a mamografia

Exame é capaz de identificar lesões em estágios iniciais e, por isso, sua realização é fundamental

Especialista esclarece mitos sobre a mamografia
Especialista esclarece mitos sobre a mamografia (Divulgação/ Freepik)

O Outubro Rosa é uma campanha de conscientização sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. Na luta contra a doença, a mamografia é uma das principais aliadas.

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Trata-se de uma radiografia do tecido mamário, feita por um equipamento de raios X chamado mamógrafo. O exame é capaz de identificar lesões em estágios iniciais e, por isso, sua realização é fundamental. Quanto mais cedo o problema for diagnostico, maiores são as chances de cura.

O Metro World News conversou com Marina de Paula Canal, mastologista do A.C.Camargo Cancer Center, para esclarecer os principais mitos que cercam a mamografia ainda hoje. Confira:

  • Não é recomendado realizar mamografia antes dos 40 anos em hipótese alguma.

Mito. Pacientes consideradas de alto risco para o câncer de mama, como as que têm parentes como mãe ou irmãs diagnosticadas com a doença ou que possuem teste genético positivo para mutações, devem começar a se submeter à mamografia aos 30 anos.

  • A mulher não deve fazer a mamografia quando estiver menstruada.

Mito. A mamografia pode ser realizada neste período, porém o procedimento pode ser mais doloroso. Por isso, recomendamos que se espere o término do ciclo.

  • A radiação da mamografia pode prejudicar a saúde.

Mito. A dose de radiação é muito baixa e segura, por isso a mamografia pode ser realizada sem medo.

  • Quem não tem histórico familiar de câncer não precisa fazer a mamografia anualmente.

Mito. O exame de mamografia deve ser realizado por todas as pacientes anualmente para diagnosticar lesões pequenas e iniciais.

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Vale dizer que a equipe do A.C.Camargo Cancer Center e a Sociedade Brasileira de Mastologia recomendam fazer o exame a partir dos 40 anos de idade. Já o Ministério da Saúde recomenda a cada dois anos, entre os 50 e 69 anos de idade.

  • Quem tem silicone não pode fazer mamografia.

Mito. Não há problema em realizar mamografia com silicone. Existem, inclusive, técnicas que “empurram” a prótese para trás, permitindo que se radiografe apenas tecido mamário.

  • Não achei nenhum nódulo no autoexame, então posso excluir a mamografia dos meus exames de rotina.

Mito. A mamografia serve exatamente para lesões não palpáveis, ou seja , pequenas. Estas quando diagnosticadas possuem maior chance de cura.

  • Estou amamentando. Assim, não estou apta a me submeter a uma mamografia.

Mito. A mulher que amamenta pode realizar mamografia se indicada por seu médico.

  • Preciso ter convênio médico para realizar uma mamografia.

Mito. A mamografia está disponível na rede publica de saúde.

Números e sintomas

Vale lembrar que o câncer de mama é o tipo que mais acomete mulheres em todo o mundo. Apenas para o Brasil, foram estimados 66.280 casos novos da doença em 2021, com um risco de 61,61 casos a cada 100 mil mulheres, informou o INCA (Instituto Nacional de Câncer), do Ministério da Saúde.

O câncer de mama também ocupa a primeira posição em mortalidade por câncer entre as mulheres no Brasil. As maiores taxas de incidência e de mortalidade estão nas regiões Sul e Sudeste.

Ainda segundo o Inca, os principais sinais e sintomas suspeitos de câncer de mama são caroço (nódulo), geralmente endurecido, fixo e indolor; pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja, alterações no bico do peito (mamilo) e saída espontânea de líquido de um dos mamilos. Também podem aparecer pequenos nódulos no pescoço ou na região embaixo dos braços (axilas).

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