Estilo de Vida

Você sabe fazer escolhas saudáveis com base nos rótulos dos alimentos? Nutricionista ensina

Novas regras estão em vigor desde o último dia 9

Novas regras para rótulos de alimentos no Brasil estão em vigor desde o dia 9
Novas regras para rótulos de alimentos no Brasil estão em vigor desde o dia 9 (Valter Campanato/Agência Brasil)

As novas regras para os rótulos dos alimentos no Brasil estão em vigor desde o último dia 9. Além de mudanças na tabela de informação nutricional, agora o consumidor encontra alertas, logo na parte frontal da embalagem, sobre alguns nutrientes de relevância para a saúde.

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Passa a ser obrigatória, por exemplo, a declaração de açúcares totais e adicionados, do valor energético e de nutrientes por 100 gramas ou 100 mililitros, tudo isso para ajudar na comparação de produtos. O número de porções por embalagem também deve passar a ser informado.

O Metro World News conversou com a nutricionista Nathália Rocha para entender de que forma as mudanças podem impactar a alimentação do brasileiro na prática e como cada um pode fazer escolhas mais saudáveis e conscientes.

Para ela, as adequações recentes determinadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) eram mais do que necessárias. “Antes, se você não tivesse bastante conhecimento sobre nutrição, ficava difícil entender se o alimento era ou não saudável. Com a rotulagem frontal, mostrando se o produto tem alto teor de açúcar, gordura ou sódio, fica mais fácil entender o que se está comprando”, explica.

Justamente pela dificuldade de entender as informações disponibilizadas até então, muitos acabavam adquirindo produtos que pareciam, a primeira vista, ser saudáveis quando, na verdade, passavam longe disso. O cenário era comum com pães, bolachas e algumas bebidas. O que se espera a partir de agora é que a população crie o hábito da leitura de rótulos antes de encher o carrinho do supermercado.

Dicas de ouro

Para fazer de fato boas escolhas, Nathália diz que o primeiro passo é entender como determinado alimento entrará na rotina. “Se estamos falando de algo de consumo diário, como o pão, o ideal é que a concentração de sódio seja menor - e isso vai aparecer logo na frente do rótulo -, já que somos um dos países com maior índice de hipertensão. O mesmo vale para o açúcar: quanto menor a quantidade de açúcar, principalmente adicionado, melhor para a saúde.”

A nutricionista lembra que uma regra importante não mudou: a lista de ingredientes presente nos produtos continuará sendo decrescente. “Ou seja, sempre vai aparecer primeiro o que há em maior quantidade no produto e, por último, o que tiver em menor quantidade”, ensina. “Além disso, costumo pedir para os pacientes evitarem produtos que possuam nomes muito difíceis ou que eles não saibam nem do que se trata, já que normalmente esses nomes são provenientes de aditivos químicos, como conservantes, aromatizantes e corantes”, completa.

O próprio site da Anvisa já oferece dicas valiosas em relação à quantidade de açúcar, gordura e sódio nos alimentos, mas para simplificar, Nathália alerta para a necessidade de prestar atenção nas quantidades por 100g. Confira o que ela recomenda:

  • Fuja do produtos que tenham 15g ou mais de açúcar, 600mg de sódio e 6g de gorduras saturaras;
  • Para bebidas, essa recomendação cai pela metade, pois a absorção acontece de forma mais rápida;
  • Olhe bem a lista de ingredientes: se um produto é integral, faz sentido que o primeiro ingrediente dele seja integral e que não tenha farinha branca (de trigo, farinha de arroz, tapioca, polvilho etc);
  • Por fim, se a sua avó não conseguiria ler a lista de ingredientes até o final sem ficar com dúvidas, pense que talvez aquele alimento não seja bom consumir!

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