Alguns dos objetos mais brilhantes do céu são chamados de blazares. Eles consistem em um buraco negro supermassivo alimentando-se de material girando em torno dele em um disco, que pode criar dois jatos poderosos perpendiculares ao disco em cada lado.
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Como detalhado pela NASA, um blazar é especialmente brilhante porque um de seus poderosos jatos de partículas de alta velocidade aponta diretamente para a Terra.
Agora, um novo estudo usou o IXPE da NASA para apontar para Markarian 501, um blazar na constelação de Hércules. Este sistema de buraco negro ativo fica no centro de uma grande galáxia elíptica.
O IXPE assistiu Markarian 501 por três dias no início de março de 2022 e novamente duas semanas depois. Durante essas observações, os astrônomos usaram outros telescópios no espaço e no solo para coletar informações.
Como detalhado pela NASA, enquanto outros estudos analisaram a polarização da luz de baixa energia dos blazares no passado, esta foi a primeira vez que os cientistas puderam obter essa perspectiva nos raios-X de um blazar, que são emitidos mais perto da fonte de aceleração das partículas.
Os cientistas descobriram que a luz de raios-X é mais polarizada do que a óptica, que é mais polarizada do que o rádio. Mas a direção da luz polarizada era a mesma para todos os comprimentos de onda de luz observados e também estava alinhada com a direção do jato.
Depois de comparar suas informações com modelos teóricos, a equipe de astrônomos percebeu que os dados correspondiam mais a um cenário em que uma onda de choque acelera as partículas do jato.
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Uma onda de choque é gerada quando algo se move mais rápido do que a velocidade do som do material circundante, como quando um jato supersônico voa na atmosfera da nossa Terra.
Como detalhado pela NASA, o estudo não foi projetado para investigar as origens das ondas de choque, que ainda são misteriosas. Mas os cientistas levantam a hipótese de que uma perturbação no fluxo do jato faz com que uma seção dele se torne supersônica.
À medida que as partículas viajam para fora, elas emitem raios-X primeiro porque são extremamente energéticas. Movendo-se mais para fora, através da região turbulenta mais distante do local do choque, eles começam a perder energia, o que os leva a emitir luz menos energética, como ondas ópticas e depois ondas de rádio.
Isso é análogo a como o fluxo de água se torna mais turbulento depois de encontrar uma cachoeira – mas aqui, os campos magnéticos criam essa turbulência. Os cientistas continuarão observando o blazar Markarian 501 para ver se a polarização muda com o tempo.
Ainda de acordo com as informações, o IXPE também investigará uma coleção mais ampla de blazars durante sua missão principal de dois anos, explorando mais mistérios de longa data sobre o universo.
Texto com informações da NASA