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Você conhece a K4? Maconha sintética que se popularizou no Brasil é mais potente e pode causar agressividade

Maconha sintética se popularizou em 2018 e é fabricada com adição de outras drogas.

Descoberta nos presídios em São Paulo no ano de 2018, o uso de K2 é observado na ruas e penitenciárias. Também chamada de K4, segundo reportagem da UOL, seus efeitos são 100 vezes mais potentes que a cannabis comum, sendo consumida como cigarro ou em formato de selo levado à língua.

Com um crescimento de mais de 2.010% de 2021 a 2022, o Estadão informa que foram 65 apreensões da droga nos presídios de São Paulo desde 2018, subindo para 1.372 no começo de 2022. Os números foram obtidos através da Lei de Acesso à Informação (LAI).

Canabinoide sintético

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Além dos nomes K2, K4 e K9, a droga é conhecida como maconha sintética e está presente no grupo Novas Substâncias Psicoativas do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC).

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Ela tem esse nome pois as moléculas são feitas em laboratório com fórmulas específicas que levam SD, maconha, cocaína, heroína, entre outras.

Efeitos

O Hospital Santa Mônica explica que os efeitos iniciais da droga são:

  • Alucinações;
  • Pesadelos;
  • Sudorese excessiva;
  • Náuseas;
  • Dores de cabeça;
  • Insônia;
  • Dificuldades de memória e de concentração.

Com o tempo, pode ser desenvolvido ainda transtornos emocionais e psíquicos, pois as substâncias presentes podem afetar funções cerebrais, causando depressão, ansiedade e síndrome do pânico.

“A K4 apareceu inicialmente como um grande fantasma. Muito se falava em apreensão e pouco se conhecia sobre o produto, a produção e a distribuição. Mas, pelo que investigamos, a forma como ela é feita e distribuída no Brasil é inédita no mundo”, diz o promotor Tiago Dutra Fonseca, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo, ao site.

O material para a fabricação do sintético chega ao Brasil com uma aparência como as de sais de banho via contrabando em portos, aeroportos e fronteiras, vindo da Ásia, Europa e norte da África. Aqui são feitas em laboratórios de fundo de quintal, que se transformam em um líquido.

“Aliada às informações de inteligência, isso resultou no aumento do número de apreensões de K4 durante a pandemia, o que desestimulou a tentativa de entrada desses ilícitos a partir de 2022″, diz a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) ao Estadão.

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