A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) confirmou na última quarta-feira (22) um caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina, também chamado de ‘doença da vaca louca’ ou ‘mal da vaca louca’.
Após a confirmação, o Ministério da Agricultura suspendeu temporariamente as exportações de carne para a China. O caso aconteceu em uma localidade com 160 cabeças de gado localizada no sudeste do Pará.
A doença
A Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecida popularmente como ‘mal’ ou ‘doença da vaca louca’ é uma condição degenerativa que age no sistema nervoso de bovinos, alterando o comportamento dos animais e por isso leva esse nome, A doença é causada por uma partícula infecciosa chamada príon, que pode ser transmitida a partir da ingestão de alimentos que tenham vindo de carcaças infectadas, como por exemplo farinhas feitas de carne ou ossos de outras espécies.
A EEB foi descrita pela primeira vez em 1986 no Reino Unido, provocando um dos maiores surtos já observados, matando quase 200 mil animais no país. Não existe tratamento para a Encefalopatia Espongiforme Bovina e ela pode ficar encubada nos animais em média cinco anos.
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A Adepará informou que o caso se trata de uma forma atípica da doença, que surgiu de forma espontânea na natureza e não causa riscos de disseminação ao rebanho ou ao ser humano.
Sintomas
A doença da vaca louca leva esse nome pois os animais infectados podem apresentar:
Nervosismo;
Dificuldade em se locomover;
Medo;
Apreensão;
Hipersensibilidade.
Os seres humanos podem ser infectados?
Sim, a condição pertence às encefalopatias espongiformes transmissíveis (EET), grupo de doenças degenerativas fatais que acometem animais e humanos. As ETT que podem afetar humanos são: doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ), síndrome de Gerstmann-Straussler-Scheinker (GSS), kuru e insônia fatal familiar (IFF).
Foi observado em 1995 uma variante da DCJ, sugerindo semelhanças entre a doença e o mal da vaca louca. Foi concluído que humanos podem ser infectados após o consumo de carnes e derivados de animais contaminados.
Pacientes com a variante podem apresentar sintomas como agitação, irritabilidade, depressão, entre outros.
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