A Inteligência Artificial está adquirindo cada vez mais espaço em todos os âmbitos da vida, incluindo o militar. Para ninguém é segredo que qualquer exército das grandes potências mundiais está trabalhando com a tecnologia.
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Atualmente, a China está à frente nas investimentos em Inteligência Artificial para suas forças armadas, mas não foi a primeira nação a fazê-lo. Os EUA foram o primeiro país a usar IA no exército. Já nos anos 60, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos começou a treinar computadores para imitar o raciocínio humano básico.
A corrida dos Estados Unidos pela Inteligência Artificial
Em 1991, eles usaram a Ferramenta de Análise Dinâmica e Replanejamento (DART) financiada pela DARPA, um programa de Inteligência Artificial, com o objetivo de programar o transporte de suprimentos ou pessoal e para resolver outros problemas logísticos.
"Munições, plataformas e forças armadas são as partes mais visíveis de qualquer cadeia de morte", disse recentemente Kathleen Hicks, Subsecretária de Defesa dos Estados Unidos. "Menos visíveis, mas não menos importantes, são as capacidades que os ligam, tornando o todo maior do que a soma de suas partes".
"É exatamente essas capacidades nas quais queremos investir", enfatizou.
No entanto, houve um momento em que os Estados Unidos ficaram para trás e a China se moveu para a frente. Mas com a Guerra na Ucrânia, os norte-americanos aumentaram suas investidas, buscando que a tecnologia fortaleça seus aliados no conflito contra os russos.
O futuro da IA nas Forças Armadas
Outros países que estão desenvolvendo e usando ativamente a IA em seus exércitos são Rússia, Israel, França e Coreia do Sul, mas nunca ao nível dos chineses e norte-americanos.
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O uso da IA no exército ainda está em suas primeiras etapas, mas evolui rapidamente. À medida que a tecnologia de IA continua a desenvolver-se, é provável que vejamos um uso ainda mais generalizado da IA no exército nos próximos anos.
Suas abordagens abrangem desde a logística até a identificação de objetos, passando por sistemas não tripulados (drones) e guerra cibernética.
"A curto prazo", diz Kevin Desouza, especialista em IA do centro Brookings, em conversa com El Diario, "podemos esperar que a tendência atual de maior uso de sistemas semi-autônomos continue aumentando. A longo prazo, está claro que iremos para um modelo de sistemas totalmente autônomos".
Os Perigos da Inteligência Artificial no Exército
Mas as coisas com Inteligência Artificial nem sempre acontecem como os alto escalões esperam. Sempre existe a possibilidade de que os sistemas de armas autônomas tomem decisões de vida ou morte sem a intervenção humana, ou com plena confiança neles.
Em 2003, o sistema automatizado de um míssil Patriot identificou erroneamente um avião amigo como inimigo, e os operadores humanos atiraram. Um piloto americano faleceu.
Michael Horowitz, especialista em IA, escreveu em Foreign Affairs: “Foi comprovado que, em situações de estresse, os humanos confiam mais nas decisões da Inteligência Artificial, e esta confiança cega pode representar um perigo durante o combate”.