Mitos sobre sexualidade são constantemente compartilhados e passaram a ter ampla divulgação com as facilidades trazidas pelas redes sociais. Buscando desmistificar alguns assuntos referentes a sexualidade, a professora e psicóloga da Universidade da Flórida, Laurie Mintz, falou a verdade sobre alguns assuntos polêmicos.
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Segundo informações do O Globo, a publicação foi feita na seção Well do The New York Times, e contou com a colaboração de um grupo de terapeutas sexuais e pesquisadores que selecionaram 8 mitos para serem desmentidos.
Confira:
Todo mundo faz mais sexo do que você
Segundo declarações de Debby Herbenick, diretora do Centro de Promoção da Saúde Sexual da Escola de Saúde Pública da Universidade de Indiana, este é um dos mitos que mais se faz presente ao longo da vida.
Presente principalmente na adolescência, esse mito muitas vezes leva as pessoas a vivenciarem uma série de experiências para as quais não estão prontas, se forçando a situações adversas.
No entanto, ela afirma que é comum passar por períodos de “baixo desejo” o que interfere na frequência com que as pessoas mantem relações.
“É comum descobrir que uma a cada três pessoas não teve relações sexuais no ano anterior”, revela. Além disso, fatores externos estão interferindo para a diminuição da frequência com a qual as pessoas se relacionam sexualmente, e uma saída para a situação seria repensar a forma como o sexo é visto.
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Sexo significa penetração
Para os terapeutas sexuais, este é um dos principais pontos a ser desmistificado, e ele acontece porque normalmente as pessoas estão “presas em roteiros sexuais”.
Para Ian Kerner e Lexx Brown-James, terapeutas sexuais, este tipo de pensamento deixa de fora pessoas que fazem sexo de outras maneiras e ignora o fato de que muitas pessoas “encontram maior satisfação sexual em atos como o sexo oral ou o simples contato corporal”.
A vagina não precisa de lubrificante extra
Conforme dados apresentados na publicação, estima-se que a secura vaginal durante o sexo afeta aproximadamente 17% das mulheres entre 18 e 50 anos. Sendo mais comum após a menopausa ou durante a amamentação, a diminuição da lubrificação natural da vagina pode acontecer por uma série de fatores, incluindo também algumas formas de controle de natalidade.
É normal sentir dor durante o sexo
É importante lembrar que o sexo não deve causar dor. No entanto, estima-se que 75% das mulheres chegaram a experimentar o sexo doloroso em algum momento de suas vidas. As causas para dores durante a relação sexual podem variar de problemas ginecológicos, alterações hormonais e outras questões mais profundas.
Do lado dos homens, a dor durante ou após a relação sexual também pode acontecer. Desta forma, é importe que caso esse sintoma seja percebido, a pessoa busque consultar um médico para investigação das causas.
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Homens querem mais sexo do que as mulheres
Segundo Debby, os mitos envolvendo a diferença de intensidade no desejo sexual entre homens e mulheres, são os que mais aparecem em seu consultório. Principalmente ao considerar o impacto que estas questões trazem para os homens, que alegam se sentirem envergonhados por sua “falta de desejo”.
No entanto, alguns dados mostram a flutuação do desejo ao longo da vida e os índices são semelhantes entre homens e mulheres.
O desejo deve ser suprido imediatamente
Segundo os terapeutas sexuais, podem existir dois tipos de desejo: o espontâneo (surge do nada) e o responsivo (surge em resposta a estímulos). Apesar disso, algumas pessoas tendem a acreditar que o desejo espontâneo é superior ao responsivo, o que não é verdade.
O desejo responsivo, e sua solução, também podem ser benéficos à medida que envolvam e respeitem os limites do consentimento.
Sexo planejado é chato
Segundo Lori Brotto, psicóloga, a ideia de que o “sexo planejado é algo ruim” também é falsa e pode ser prejudicial.
Para desmistificar esta questão, ela aborda o sexo como sendo uma atividade do cotidiano e que, como tal, também pode ser agendada e estar conectada ao desejo responsivo.
Seu pênis não é bom o bastante
Muitos homens se sentem pressionados no que diz respeito a aparência de seu órgão sexual e a seu desempenho durante o sexo. Segundo alguns estudos, apresentados na publicação, muitos homens se preocupam com o fato de seu órgão sexual não ser “grande o bastante”, mesmo com seus parceiros dizendo o oposto.