Uma pesquisa recente realizada nos Estados Unidos está quebrando o tabu sobre idosos e vida sexual na terceira idade. O estudo, conduzido pelo Departamento de Sociologia e Serviço Social da Hope College, revelou que manter uma vida sexual ativa após os 60 anos pode ter um impacto incrivelmente positivo na saúde cerebral dos idosos.
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O estudo, que durou cinco anos e envolveu 1.683 homens e mulheres entre 62 e 74 anos, analisou a relação entre a atividade sexual e as funções cognitivas dos participantes. Os resultados foram surpreendentes: aqueles que relataram ter uma vida sexual “muito prazerosa e satisfatória” tiveram um desempenho significativamente melhor em testes de avaliação da saúde cognitiva, mesmo após cinco anos da coleta de dados. Em termos simples, o estudo mostrou que pessoas idosas que são felizes sexualmente têm cérebros mais saudáveis.
Redução de Estresse e Aumento da Neurogênese
Os pesquisadores sugerem que a frequência da atividade sexual pode estar relacionada à redução do estresse. O estresse pode atrapalhar a formação de novos neurônios no hipocampo, uma área do cérebro associada à memória. Portanto, idosos que mantêm uma vida sexual ativa podem experimentar menos estresse, o que, por sua vez, protege a neurogênese, o processo de formação de novos neurônios no cérebro. Além disso, o sexo está ligado à liberação de dopamina, um neurotransmissor que proporciona prazer, e níveis elevados desse hormônio estão relacionados à melhoria da memória.
Mais do que Prazer: Uma Vida Longa e Ativa
A pesquisa não apenas quebra estigmas sobre sexualidade na terceira idade, mas também destaca a importância de uma vida sexual ativa para a saúde cerebral dos idosos. Em um mundo onde a população está envelhecendo rapidamente, compreender os benefícios do sexo na terceira idade é crucial. No Brasil, onde mais da metade da população tem mais de 30 anos e 15% tem 60 anos ou mais, a pesquisa é um lembrete de que essa fase da vida pode ser mais emocionante e saudável do que muitos imaginam. Com uma população de idosos em crescimento, compreender e valorizar a importância do bem-estar sexual na terceira idade torna-se essencial para promover uma vida longa e ativa para os idosos brasileiros.
Fonte: National Library Of Medicine
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