Estilo de Vida

Benefícios e desafios dos exercícios físicos no inverno

Veja como se manter ativo e saudável durante a estação mais fria do ano

Durante o inverno, a motivação para sair de casa e praticar exercícios físicos pode diminuir, mas as baixas temperaturas não são inimigas da atividade física. Na verdade, o clima frio pode ser vantajoso, ajudando na queima de calorias e tornando as atividades aeróbicas mais agradáveis. Para entender melhor os impactos do frio no corpo e as melhores práticas para se exercitar durante esta estação, o Estadão consultou especialistas.

Desafios e vantagens de se exercitar no frio

Os principais desafios de realizar atividades físicas no inverno incluem o aquecimento insuficiente dos músculos antes do treino, as condições climáticas adversas e a menor motivação, especialmente pela manhã. Segundo o médico Gustavo Starling, diretor da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE), o clima frio pode causar contração muscular, tornando os músculos menos flexíveis e mais suscetíveis a lesões. Além disso, a visibilidade reduzida pela neblina e as superfícies molhadas aumentam o risco de quedas e acidentes.

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No entanto, há benefícios significativos em se exercitar no frio. O educador físico Ricardo Luís Guerra, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), destaca que o corpo gasta mais energia para se aquecer, aumentando o consumo calórico durante o exercício. Outro benefício é o menor risco de superaquecimento, comum no verão, que pode causar sintomas como suor excessivo, câimbras e náuseas. As temperaturas mais baixas também facilitam a regulação da temperatura corporal e podem tornar os exercícios ao ar livre mais agradáveis, resultando em maior produção de endorfinas e redução do estresse.

Tipos de exercícios recomendados e cuidados necessários

Atividades aeróbicas ao ar livre, como corrida, caminhada e trilhas, são altamente recomendadas no inverno, pois o ar frio ajuda a manter a temperatura corporal estável. Exercícios em ambientes fechados e aquecidos, como natação em piscinas cobertas e circuitos funcionais em academias, também são boas opções. No entanto, esportes que expõem o corpo ao vento e ao frio intenso, como ciclismo ao ar livre, são menos recomendados.

Os cuidados essenciais incluem o uso de roupas adequadas para proteger contra o vento e a umidade, calçados apropriados para evitar escorregões e a troca imediata de roupas molhadas. Um aquecimento mais prolongado é crucial para preparar músculos e articulações, reduzindo o risco de lesões. A hidratação é fundamental, mesmo que a sede seja menor no frio, e é importante evitar a desidratação que pode prolongar o tempo de recuperação muscular.

Por fim, a exposição ao ar seco e gelado pode afetar o sistema respiratório, aumentando o risco de irritação nas vias aéreas. A hipotermia é outro risco, sendo importante interromper os exercícios ao perceber sintomas como tremores intensos, confusão mental e dificuldades de movimentação.

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