Estilo de Vida

Onda de calor: dicas de otorrino para o tempo seco

Especialistas ensinam protocolos para passar bem pela secura dos próximos dias

Foto: Reprodução
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Quem sofre com rinite, sinusite, asma ou outra doença respiratória crônica percebe de longe quando tempos de baixa umidade do ar estão chegando. É o caso das próximas semanas em alguns estados brasileiros, que passarão por uma nova onda de calor.

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Em face disso, a Dra. Roberta Pilla e a Dra. Maura Neves, ambas otorrinos pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), explicam a razão do aumento de crises respiratórias e dão suas recomendações para que a população sofra o menos possível com os efeitos do calor e da secura.

“As mudanças bruscas de temperatura causam impactos na mucosa respiratória, especialmente na sua capacidade de defesa”, explica a Dra. Maura, ao continuar: “A frequência aumentada desses episódios climáticos amplia nossa susceptibilidade a doenças, considerando não só as temperaturas, mas também a umidade relativa do ar”.

Dessa forma, esse conjunto de fatores abre espaço, segundo a médica, para crises de rinite, ressecamento nasal com sangramentos ou infecções, agravamento de tosses e doenças pulmonares.

Diante deste quadro, a Dra. Roberta recomenda algumas condutas para que as pessoas atravessem o período sem grandes percalços. Segundo ela, medidas simples podem reduzir os efeitos do clima no corpo:

  • Beber bastante líquido e evitar exposição ao sol e atividades físicas nos horários mais quentes e secos do dia;
  • Usar roupas leves e ficar sempre em lugares frescos e ventilados;
  • Manter os ambientes úmidos com umidificadores de ar ou baldes de água (não deixar ao alcance de crianças);
  • Medicamentos podem ser usados para resgate de alívio, porém com indicação médica;
  • Utilizar soro fisiológico para a lavagem das vias respiratórias;
  • Alimentar-se bem, com uma dieta mais rica em alimentos frescos e hidratantes;
  • Limpar os aparelhos de climatização regularmente para evitar o acúmulo de bactérias, poeiras e fungos.

“O ideal é controlar a temperatura do ambiente, mantendo-a entre 20 e 25 graus e tentar deixar a umidade do ar entre 50% e 60%”, indica a otorrino, ao sugerir: “Uma dica para isso é investir em um purificador ou umidificador de ar eletrônico com regulador automático”. Ela também recomenda que seja mantida uma boa troca de ar nos ambientes internos, alternando momentos de portas e janelas abertas e fechadas.

As médicas também deixam duas receitas de solução nasal para fazer em casa:

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SOLUÇÃO NASAL CASEIRA

Hipertônica

  • 240 ml água filtrada/fervida ou água mineral
  • 1 colher de chá rasa de sal (melhor sal marinho), mais ou menos 2,2 gramas
  • 1 colher de chá rasa de bicarbonato de sódio, mais ou menos 2 gramas

Isotônica

  • 240ml água filtrada/fervida ou água mineral
  • 1 colher de café rasa de sal (melhor sal marinho), mais ou menos 1 grama
  • 1 colher de café rasa de bicarbonato de sódio, mais ou menos 1,5 grama

Dra. Maura Neves

  • Otorrinolaringologista
  • Formação: Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
  • Graduado em medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP
  • Residência médica em Otorrinolaringologia no Hospital das Clinicas Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP
  • Fellowship em Cirurgia Endoscópica Nasal no Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP
  • Título de especialista pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial - ABORL-CCF
  • Doutorado pelo Departamento de Otorrinolaringologia do Hospital das Clinicas Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – USP
Dra. Maura Neves
Dra. Maura Neves

Dra. Roberta Pilla

  • Otorrinolaringologia Geral Adulto e Infantil
  • Laringologia e Voz
  • Distúrbios da Deglutição;
  • Via Aérea Pediátrica
  • Médica Graduada pela PUCRS- Porto Alegre/ Rio Grande do Sul (2003)
  • Pesquisa Laboratorial em Cirurgia Cardíaca na Universidade da Pensilvania – Philadelphia/USA (2004)
  • Título de Especialista em Otorrinolaringologia pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (2009)
  • Mestrado em Cirurgia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS- Porto Alegre/RS) (2012-2016)
  • Membro da Diretoria da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial (ABORLCCF) (2016)
  • Membro do Comitê de Educação Médica Continuada da ABORLCCF (2017-2022)
    2019-2020: Presidente do Comitê de Educação Médica Continuada da ABORLCCF
    2021- 2022: Secretaria Comitê de Educação Médica Continuada da ABORLCCF
  • Médica do Grupo de Otorrinolaringologia e Via Aérea Pediátrica do Hospital Infantil Sabará (SP/São Paulo)
  • Médica do Grupo de Otorrinolaringologia e Via Aérea Pediátrica dos
  • Hospitais do Grupo Maternidade Santa Joana e Pró-Matre (SP/ São Paulo)
  • Médica do Grupo de Otorrinolaringologia do CDB Diagnósticos
  • Médica Otorrinolaringologista do Hospital Moriah (SP/São Paulo)
  • Médica Otorrinolaringologista do Ambulatório da Rede Record de Televisão (SP/ São Paulo)
Dra. Roberta Pilla
Dra. Roberta Pilla

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