Black Friday é um dos períodos mais aguardados para clientes e comerciantes realizarem suas devidas trocas no mercado, havendo necessidade de uma atenção especial para não cometer erros.
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As expectativas estão altas, já que 66% dos brasileiros pretendem fazer compras no período, segundo estudo realizado pela Wake em conjunto com a Opinion Box. Em meio aos desafios de uma jornada empreendedora, principalmente em campanhas sazonais, muitos erros acabam sendo cometidos.
“Datas como Black Friday e festas de fim de ano atraem consumidores ao comércio, o que aumenta as chances de o lojista ter um crescimento considerável na receita. Porém, é necessário calma e análise crítica ao próprio planejamento, para que a empresa não cometa erros que possam afetar a campanha e até mesmo a própria reputação”, explica Daniela Torres, sócia e CEO da Simples Inovação, empresa com foco em modelagem de negócios para o e-commerce.
Por isso, a especialista traz alguns dos principais erros cometidos durante a Black Friday para que as empresas possam ‘fugir’ deles no comércio físico e online. Confira:
Erro 1: Usar a Black Friday como ‘queima de estoque’
Muitas empresas, ao tentarem liquidar estoques, descuidam do planejamento estratégico e não criam campanhas específicas para a Black Friday, segundo Daniela, que destaca a importância de uma boa seleção de produtos e estratégia.
“É preciso pensar em fazer daquele consumidor em potencial um cliente. Uma dica é fornecer brindes na inscrição da sua newsletter, por exemplo. Assim, ele sempre receberá atualizações sobre os conteúdos da loja e, mesmo que naquele momento não compre nada, poderá se aproximar da marca. Muitas vezes, esse é o primeiro passo para criar um relacionamento”, explica.
Erro 2: Dar descontos sem analisar as contas
A Black Friday é reconhecida pelos grandes descontos, e os lojistas frequentemente reduzem preços para atrair clientes. Daniela recomenda uma análise cuidadosa do fluxo de caixa para garantir que os descontos não causem prejuízos.
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“É comum lojistas até terem aumento nas vendas, mas não no lucro, por não saberem equilibrar a precificação e as opções de parcelamento durante esses períodos. No momento do fechamento, percebem que tiveram somente mais movimentação. Por isso, é melhor vender um pouco menos, mas com um preço ajustável à saúde financeira da empresa, do que se perder nos números”, diz Daniela.
Uma alternativa é fazer o uso do desconto progressivo, ou seja, o cliente terá mais desconto se comprar mais produtos.
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Erro 3: Investir no setor errado
Empresas investem quantias consideráveis nas promoções, mas muitas têm dificuldades em alocar esses recursos conforme suas necessidades, conforme aponta Daniela.
“É importante saber onde está a ‘dor da empresa’ e buscar lapidar aquela área. Recomendo fazer uma análise interna, avaliar a equipe de atendimento, se é necessário reforço de funcionários ou aumento do orçamento de marketing. Muito além de investir, é saber onde investir e depositar mais esforços. Por isso, planejamento estratégico, pesquisa de campo e olhar interno para as suas reais necessidades são fundamentais para sucesso em campanhas sazonais”, pontua.
Já no âmbito online, a especialista traz de exemplo a atenção ao custo das embalagens. “Alguns produtos costumam ter embalagens caras. Pensando em compras em larga escala, elas podem afetar consideravelmente a receita. Uma opção é comprar embalagens com menor custo para a ação, assim, será possível direcionar o orçamento para outras áreas”, complementa.
Erro 4: Desatenção às experiências de compra negativas
O e-commerce brasileiro deve faturar R$ 204,3 bilhões em 2025, o que levou empresas a focarem no ambiente digital como suporte ao comércio físico, embora o pós-venda frequentemente seja negligenciado.
“Atenção redobrada na logística de envios, já que entregas erradas, prazos não atendidos e falta de comunicação com o consumidor podem causar insatisfação e prejudicar todos os esforços do varejista. Nesse contexto, tanto no âmbito físico quanto no online, é necessário treinar a equipe para atender o consumidor. Terceirizar serviços, se necessário, pode ser uma saída para atender bem no período de alta demanda”, finaliza.